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Fogão tenta cassar liminar e evitar penhora da renda


Clube argumenta que recolhe 20% de suas receitas para o ato do TRT

Carlos Monteiro RIO DE JANEIRO Entre em contato


Vice jurídico do Botafogo, Gustavo Noronha vai impetrar mandado de segurança para cassar a liminar que permitiu ao ex-atacante Donizete penhorar R$ 136.806,00 da renda do clássico contra o Flamengo.


Segundo o dirigente, o clube tem feito os depósitos mensais exigidos pela Justiça do Trabalho, só que dentro da realidade financeira do clube. Com isso, entende ele, o Botafogo permanece dentro do ato e, portanto, não poderia ter parte da receita do jogo retida e nem mesmo as contas bloqueadas.


- O que mostramos à Justiça, e por isso conseguimos a liminar, é que não temos condição de depositar a quantia mínima de R$ 500 mil, como determina o ato do TRT-RJ. Recolhemos os 20% exigidos sobre todas as nossas receitas.


As rendas, inclusive, já vêm com este percentual deduzido. Isso comprova que estamos amparados pela Justiça. Fizemos uma proposta de reduzir o valor do depósito mínimo mensal para R$ 200 mil. Foi exatamente por conta dessa proposta que conseguimos a liminar que nos mantém no ato - explicou Noronha.


Segundo o dirigente, o Botafogo é a única entidade esportiva que tem feito questão de permanecer enquadrada no ato. Ele ressaltou também que a Justiça tem de ter compreensão, uma vez que a exigência do depósito mínimo mensal, no valor de R$ 500 mil, inviabilizaria financeiramente o clube.


- Já deixamos claro que queremos pagar nossas dívidas e temos feito. Mas temos compromissos com nossos funcionários também. Se pagarmos os R$ 500 mil exigidos pela Justiça, acabaremos contraindo mais dívidas, uma vez que teremos dificuldade de pagar nossos trabalhadores - analisou o Noronha, que acredita ter o mandado de segurança deferido até quarta-feira.
Caso o mandado seja mesmo aceito pela Justiça, o Botafogo não precisará mais repassar os R$ 136.806,00 para Donizete e as contas do clube serão desbloqueadas.