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Comida estragada motivou nova greve no Maracanã

Operários alegam que consórcio não cumpriu acordos antigos. Até bichos foram encontrados na salada, segundo os grevistas

Leo Burlá
Rio de Janeiro (RJ) 

A nova paralisação dos operários do Maracanã é indigesta. De acordo com Nilson Duarte, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada (Sitraicp), alimentos vencidos foram a gota d'água para a decisão dos trabalhadores, que cruzaram os braços a partir das 2h desta madrugada.

Nilson disse que, nos últimos três dias, macarrão e feijão estragados, salada com bichos e leite fora da validade foram servidos aos cerca de 2 mil trabalhadores.
Obras novamente paralisadas no Maracanã (Foto: Genílson Araújo/O Globo)

Duarte disse também que o lanche noturno servido pelo consórcio formado pelas epresas Delta/Odebrecht/Andrade Gutierrez passou de 3h para 5h da madrugada, o que aumenta a insatisfação dos profissionais.

A presença de um médico nutricionista no canteiro de obras do Maracanã também é exigida daqui para a frente. No entanto, as partes ainda não sentaram à mesa para conversar, o que sugere que a paralisação deve ganhar novos capítulos.

Greve é retomada e obras no Maracanã estão paradas



O cardápio de reivindicações não para por aqui. Segundo o presidente do Sitraicp, os acordos firmados na primeira paralisação não foram honrados pelo consórcio. Havia a promessa de que planos de saúde para todos os operários e suas famílias estariam válidos a partir desta quinta-feira. A cesta básica, que passaria de R$ 110 para R$ 160, permaneceu com o valor antigo.

Uma assembleia entre os trabalhadores está marcada para sexta-feira, às 7h, em frente ao Portão 13 do Maracanã. A assessoria de imprensa do consórcio não foi encontrada para contestar a versão apresentada pelo sindicato.