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Ministério mantém convênio inativo para cadastro de torcidas organizadas

Segundo sindicato de clubes de futebol, ações não começaram porque recursos só chegaram em junho

Por Marcelo Parreira Brasília
O ministério do Esporte resolveu manter nesta quinta-feira um convênio com o Sindicato Nacional das Associações de Futebol (Sindafebol) para o cadastramento de torcidas organizadas em todo o país. A decisão foi tomada em reunião entre o secretário nacional de futebol, Alcino Reis, e o presidente do sindicato, Mustafá Contursi.

A reunião foi convocada após a publicação de reportagem pelo jornal "O Estado de São Paulo" sobre o convênio realizado entre o ministério e o sindicato para o cadastramento de torcidas organizadas. De acordo com o jornal, apesar da publicação do convênio ter ocorrido em dezembro do ano passado, nenhuma das ações previstas foi realizada até agora. Apesar disso, os quase R$ 6,2 milhões previstos para o projeto já foram liberados.

A Controladoria-Geral da União solicitou ao ministério do Esporte informações sobre o contrato. De acordo com o secretário, as informações foram repassadas ainda na quarta-feira, e o ministério teria voluntariamente repassados os dados também ao Tribunal de Contas da União.

Reis, que na época da assinatura do convênio era assessor especial para futebol do ministério, foi o responsável por atestar a capacidade técnica do Sindafebol para realizar o projeto. Após a reunião, ele defendeu o sindicato.

- As torcidas organizadas existem porque os clubes existem. Não existe nenhuma torcida organizada no país que não tenha algum tipo de vínculo ou proximidade com seu clube. Nós consideramos que para ter sucesso no cadastramento desse público era necessário também envolver os clubes de futebol.

Contursi reafirmou a capacidade do sindicato de realizar o cadastramento das torcidas, e disse que há um programa piloto sendo realizado em Curitiba. Ele alegou que a demora na liberação dos recursos - só disponibilizados em junho - impediu que a execução do cadastramento começasse antes, e não descarta pedir a extensão do convênio.

- Nós consideramos, se for o caso, e se isso acontecer, a necessidade de mais prazos, nós temos o direito de requerer isso pelo convênio. Mesmo porque enquanto os recursos não foram disponibilizados, nós não podíamos tomar nenhuma atitude.