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Três gerações de trezeanos torcem juntas pelo Treze contra o Botafogo

Ex-botafoguense, Valdir Barros torce junto da filha e da neta para que o Treze consiga a classificação para a segunda fase da Copa do Brasil

Por Cadu Vieira João Pessoa
 
Família trezeana (Foto: Cadu Vieira) 
Valdir Barros, ao lado da filha Amanda (à esq) e da
neta Beatriz (à dir) (Foto: Cadu Vieira)
 
Quando o Treze entrar em campo na noite desta quarta-feira para disputar contra o Botafogo uma vaga na segunda fase da Copa do Brasil, certamente alguns trezeanos estarão na arquibancada do Engenhão. Mas a grande maioria dos torcedores do Treze estará em terras paraibanas, torcendo pelo Galo. Três deles estarão juntos, unidos não apenas pelo amor ao Treze, mas também pelos laços sanguíneos.

Três gerações de uma mesma família estarão reunidas em João Pessoa, mandando as vibrações para o seu time de coração, na esperança de que o Treze consiga a façanha de sair do Rio de Janeiro com a classificação.

Valdir Barros, de 52 anos, sua filha, Amanda Rocha, de 16, e sua neta, Beatriz Souto, de 11, foram juntos ao Aeroporto Internacional Castro Pinto, prestigiar o time paraibano antes do embarque para o Rio, na tarde da terça-feira. Os três confiam na classificação do Galo à segunda fase e explicam que o amor pelo Treze é uma marca da família.

Eu até já usei camisa do Botafogo e torcia mesmo. Mas, hoje, não tem essa de estar dividido. Para mim, é o Treze acima de qualquer outro"
Valdir Barros
torcedor do Treze
 
- Tudo começou comigo. Apesar de ter um pai que torce para o Santa Cruz, eu me descobri trezeano e eu não tenho paixão maior que a pelo meu Galo. E é um amor que foi ficando para as gerações que vieram depois - explica Valdir Barros.

Trezeano fervoroso, Valdir assegura que usa constantemente ao menos um item que remeta ao seu time de coração, a exemplo de um chaveiro com o número 13, que sempre carrega consigo. O torcedor diz que quase sempre está vestido com a camisa do Galo, mas admite já ter nutrido uma simpatia pelo adversário desta noite em outros tempos.

- Eu até já usei camisa do Botafogo e torcia mesmo. Mas, hoje, não tem essa de estar dividido. Para mim, é o Treze acima de qualquer outro - garante.

Beatriz e Amanda, torcedoras do Treze (Foto: Cadu Vieira) 
Beatriz e Amanda garantem que não perdem um
jogo sequer do Treze (Foto: Cadu Vieira)
 
A paixão do pai e avô trezeano foi passado à filha Amanda e à neta Beatriz. As duas, também devidamente uniformizadas na tarde do embarque do time para o Rio de Janeiro, olhavam empolgadas os jogadores e a comissão técnica do Treze se dirigirem ao avião que os levariam à cidade do jogo desta noite.

Para a mais nova, Beatriz, nem o fato de todos os colegas de escola torcerem para um time de fora do estado a desencoraja a propagar seu amor pelo Treze.

- Todos na minha sala torcem para o Flamengo. E ficam me criticando e me zoando porque eu sou Treze. Mas eu já disse que eles podem falar o quanto quiserem; eu vou ser sempre Treze.

Já Amanda fez questão de deixar claro que apesar de terem sofrido influência do patriarca da família para torcerem pelo Treze, este amor, hoje em dia, é independente.

- Claro que começamos a torcer por causa dele. Mas hoje somos Treze acima de tudo e não tem mais volta. Torcemos mesmo. Não é brincadeira. A gente não perde um jogo sequer.

Embarque do Treze para o Rio de Janeiro (Foto: Cadu Vieira) 
 
Valdir Barros, a filha Amanda e a neta Beatriz acompanharam o embarque do Treze para o Rio (Foto: Cadu Vieira)
 
Os três garantem que estarão juntos, e com mais outros membros da família, na noite desta quarta, para acompanhar a partida contra o Botafogo. E a confiança na classificação está presente, sobretudo no discurso das meninas. Amanda acredita na vitória, mas não arrisca um palpite, enquanto Beatriz aposta em um 2 a 1 para o Treze. Já o "chefe" da torcida em família é mais comedido e dá uma dica para o time de Marcelo Vilar.

- Eu sou bem realista. É difícil vencermos o Botafogo lá dentro. Mas uma coisa é certa: não podemos jogar retrancados. No jogo da última quarta, já mostramos que temos um bom. Mas, temos que jogar para cima - orienta.

Para conseguir a classificação à segunda fase da Copa do Brasil, o Treze precisa empatar em dois ou mais gols ou, então, vencer o Botafogo. Empate em 0 a 0 ou vitória do Bota classifica o time carioca. Empate em 1 a 1, como aconteceu em João Pessoa, leva a partida para os pênaltis. O jogo acontece às 22h.