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Tatu-bola vai ser o mascote da Copa do Mundo de 2014

Animal vence ‘disputa’ com arara, Saci Pererê e onça pintada e será anunciado oficialmente em outubro pela Fifa



Tatu-bola será o mascote da Copa do Mundo de 2014
Foto: Divulgação

Tatu-bola será o mascote da Copa do Mundo de 2014 Divulgação
RIO - O fato de o tatu-bola ainda não ter sido confirmado oficialmente pela Fifa como mascote da Copa de 2014 pode criar um problema para a entidade e para o Comitê Organizador Local (COL). A preocupação, segundo um integrante do COL, é porque a marca ainda não foi registrada, o que abre a possibilidade de alguém se antecipar à Fifa, passando a ter o domínio do símbolo, o que provavelmente exigiria uma negociação para a liberação.

Normalmente, a Fifa e outras grandes marcar internacionais registram logos oficiais no OHMI, instituição que trata de patentes na Europa. Foi no site da OHMI que vazou, em 2010, durante o Mundial da África do Sul, o logo da Copa do Mundo de 2014.

A notícia da escolha do tatu-bola pela Fifa para ser o mascote da Copa de 2014 foi publicada na edição on line da revista "Veja", na coluna Radar. O anúncio oficial será em outubro, em evento organizado pelo COL.

Ameaçado de extinção, o tatu-bola concorria com outros símbolos, como a onça pintada, a arara, o jacaré e o Saci Pererê, que era o preferido do ministro do Esportes, Aldo Rebelo. O animal, espécie 100% brasileira, é natural da caatinga e do cerrado. Os que restam podem ser encontrados no norte de Minas Gerais, nos estados do Nordeste e em algumas regiões do Centro-Oeste. Quando ameaçado, o tatu-bola, para se proteger, curva-se sobre si mesmo, tomando a forma de uma bola.

A ideia de fazer o tatu-bola mascote oficial da Copa de 2014 foi da Associação Caatinga, ONG cearense que se dedica à preservação ambiental. A campanha começou apenas no início de fevereiro de 2012, na redes sociais. No dia 29 do mesmo mês, um dossiê foi entregue a representantes do MInistério do Esporte. O tatu-bola ganhou a simpatia imediata da Fifa.

Secretário executivo da Associação da Caatinga, o biólogo Rodrigo Castro foi o responsável por lançar a candidatura do tatu-bola. Ele espera que, com a exposição que o animal terá, os investimentos necessários para evitar sua extinção sejam mais pontuais.

— O tatu-bola, cujo nome é "Tolypeutes tricnctus", vive uma situação crítica. Se nada for feito, pode sumir em 10 anos — disse o biólogo ao site Globoesporte.com.