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Precavido, Oswaldo ainda não crava retorno de Jobson: 'Depende do jogo'

Técnico confessa vontade de vê-lo, mas já preparou atacante para espera, se preciso. E faz analogia sobre a felicidade em sua participação no caso

Por André Casado Rio de Janeiro
 
Jobson no treino do Botafogo (Foto: Jorge Wiliam / Agência O Globo) 
 
Jobson passa por Marcelo Mattos no treino de quinta (Foto: Jorge Wiliam / Agência O Globo)
 
A expectativa criada em torno da reestreia de Jobson pelo Botafogo, após seis meses de punição por doping, causa ansiedade em todos os envolvidos. Mas o técnico Oswaldo de Oliveira brecou um pouquinho o frenesi, ao lembrar que, diante das circunstâncias do duelo com o Bangu, neste sábado, às 16h, em Moça Bonita, pode até não utilizar o atacante, sem ritmo de jogo.

- Ele está há muito tempo parado e não temos uma situação de emergência, apesar dos desfalques. É provável que jogue, minha intenção é colocá-lo, mas dependendo do andamento da partida, pode não acontecer. Eu, mais do que ninguém quero vê-lo em ação. Vamos aguardar - ponderou o treinador, que já passou o cenário a Jobson.

- É um caso especial, e eu trato assim. Mas tenho de pensar na equipe, são 30 jogadores e diversas opções. Futebol é isso, é preciso saber conviver. Ele está preparado, sim, para uma eventualidade - avisa Oswaldo, em referência à agitação em torno da volta.

Camisa 11 às costas

Já está definido que Jobson começará no banco de reservas. Existe a possibilidade de usar a camisa 11, sua escolha, já que o titular Herrera prefere a 17, e o clube não tem numeração fixa. Nada mais deverá ser feito pela diretoria. Tudo para que a ocasião pareça comum, sem alardes e badalação em cima de um jogador que teve problemas por conta do excesso de fama.

- Não acho que tenha de olhar mais para trás. Acompanhei o desenrolar de longe. Jobson poderia ter tido uma carreira muito boa, não teve ainda, e ele sabe bem. Mas ainda dá tempo, é chance de ele decolar. Se sente-se em débito com a torcida e com o Botafogo, é a hora de pagar. E eu vou ter prazer em ser o caixa - diverte-se Oswaldo, em analogia à sua participação direta na recuperação.

Aos 61 anos, 30 deles no futebol e quase 15 no cargo atual, o treinador alvinegro admite que jamais passou por uma situação semelhante. E também se prepara para suportar a comoção pós-jogo.

Jobson e Oswaldo de Oliveira no treino do Botafogo (Foto: Jorge Wiliam / Agência O Globo) 
 
Desde janeiro, relação entre Jobson e Oswaldo tem sido estreita (Foto: Jorge Wiliam / Agência O Globo)
 
- Já participei de estreias importantes, mas pelo mesmo motivo, não. Tem de haver a expectativa mesmo, é um elemento motivante que pode fazer bem, mexe com o emocional de todos. Preciso até me preocupar um pouco com isso - disse.

Ser escalado imediatamente não passa por Jobson, mas seu sucesso, sim, lembra o chefe, que concorda com Romário. O Baixinho afirmou na última quinta-feira, no Rio, que o atacante do Botafogo tem tudo para estar na Copa 2014, disputada no Brasil.
- A respeito do futuro, depende só dele. Todos têm feito o que podem para carreira dele dar a volta por cima. Concordo com Romário, já disse isso também. Tem grandes chances de ser uma estrela e brilhar na Copa - finalizou Oswaldo.