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Médico de Jobson mostra confiança na relação do jogador com o sucesso

Roberto Hallal lembra a importância de saber lidar com as adversidades:
"É preciso saber perder e o brasileiro não é educado para isso"

Por Thales Soares Rio de Janeiro
 
Jobson conversa com o médico Roberto Hallal (Foto: Thales Soares / globoesporte.com) 
Jobson conversa com o médico Roberto Hallal
(Foto: Thales Soares / globoesporte.com)
 
Depois do longo período sem jogar, a maior preocupação dos dirigentes do Botafogo com Jobson é sobre a sua reação ao sucesso. Com reestreia marcada para sábado, às 16h (de Brasília), contra o Bangu, pela terceira rodada da Taça Rio, o jogador cumpriu uma suspensão de seis meses por doping. Tratado pelo médico Roberto Hallal, ele tem seguido as orientações e a expectativa é grande em relação aos primeiros elogios ao seu desempenho em campo.

Com uma convivência intensa ao lado de Jobson, Hallal tem percebido uma mudança de comportamento do jogador que o leva a crer na reação mais tranquila possível em relação ao sucesso. Assim, como espera não haver problemas na primeira adversidade que ele enfrentar.

- Disse ao Jobson que o gol é uma consequência. Não vamos acertar sempre. Não se deve aprender apenas a ganhar. É importante aprender a perder e o brasileiro não é educado para isso. Ele se desorganiza. Se o Jobson fizer três gols e ficar contente, será ótimo. Mas se souber perder de 3 a 0 também vai ser muito bom - comentou Hallal.
O médico garantiu que não houve um desafio no tratamento de Jobson. Segundo ele, no primeiro encontro, já conseguiu perceber a sensibilidade do jogador. Além das consultas, houve jantares e conversas informais, que estabeleceram uma relação de confiança.

- As pessoas não pedem ajuda como atletas, elas pedem ajuda como pessoas. O Jobson é extraordinário como pessoa e pode ter um desenvolvimento excepcional. É importante resgatar positivamente essa capacidade de o sujeito reconstruir a vida. Estamos batalhando de algumas maneiras para mostrar que existe outra cultura possível além dessa que nos oferecem até aqui - disse Hallal.