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Além de vitória, Botafogo leva 'troféu Fair Play' no clássico dos cartões

Glorioso comete mais faltas (19 a 11), mas termina partida sem cartões, enquanto o Flu foi advertido quatro vezes, uma delas em lance polêmico

Por André Casado e Cahê Mota Rio de Janeiro
No Clássico Vovô, melhor para quem jogou mais e bateu mais, mas não necessariamente foi o mais violento. Fluminense e Botafogo chegaram ao Engenhão, neste sábado, para se enfrentarem pela 19ª rodada do Brasileirão, com um retrospecto de 44 cartões amarelos e oito vermelhos nos últimos cinco confrontos. E, coincidência ou não, a vitória ficou com quem foi melhor nesta estatística. Com os 2 a 1, o Botafogo conquistou os três pontos e, sem levar nenhum cartão amarelo, arrematou o troféu Fair Play diante de um Fluminense punido em quatro oportunidades. Números, por sinais, que deixaram Caio Júnior orgulhoso.

- Quero ressaltar que não tomamos nenhum cartão amarelo. Isso demonstra o equilíbrio da equipe, determinada, sabendo o que quer e muito bem posicionada. Isso me orgulha muito.

 

O curioso, porém, é que foi o Glorioso quem fez mais faltas na partida, 19 a 11, e também teve os jogadores que em mais oportunidades pararam as jogadas, Elkeson, cinco, e Herrera, quatro. Pode-se dizer, por outro lado, que o Fluminense deu as pancadas mais bem dadas. A começar pelo polêmico lance entre Fred e Fábio Ferreira (confira ao lado), aos 33 minutos do primeiro tempo. Após chute da zaga, o atacante tricolor acertou com o cotovelo, em jogada duvidosa, o supercílio do adversário, que deixou o campo sangrando muito. O lance revoltou o próprio zagueiro e seu companheiro Antônio Carlos, mas o capitão tricolor recebeu apenas cartão amarelo.

Faltas providenciais para matar contra-ataque também foram determinantes para que Edinho, Rafael Moura e Marcio Rosario também fossem punidos, em jogadas com Lucas, Maicossuel e Herrera, respectivamente. O He-Man, inclusive, estava pendurado e não encara o São Paulo, quarta-feira, às 21h50m (de Brasília), no Morumbi, pela 20ª rodada.

O Alvinegro, por sua vez, “optou” pela marcação no campo ofensivo e paralisou as jogadas, em sua maioria, ainda no campo de ataque. Estratégia explicada, por exemplo, no fato de jogadores ofensivos como Elkeson e Herrera cometerem mais do que o dobro de faltas que os marcadores Marcelo Mattos e Antônio Carlos.

Com 25 pontos, o Fluminense é o décimo colocado no Brasileirão, enquanto o Botafogo, com 34, passa a noite deste sábado na terceira colocação.