Ex-craques se juntam para comemorar os 61 anos do Maracanã
Edinho, Maurício, Petkovic, Roberto Dinamite e Zico relembram os bons momentos vividos no estádio e trocam brincadeiras
Para comemorar os 61 anos do Maracanã, que serão completados na próxima quinta-feira, o governo do estado do Rio de Janeiro juntou alguns dos maiores craques que pisaram o campo do estádio. Em clima muito descontraído, Edinho, Maurício, Petkovic, Roberto Dinamite e Zico relembraram os bons momentos em campo. A rivalidade dos gramados foi deixada de lado, embora as brincadeiras e provocações entre os convidados tenham sido a tônica da conversa.
Os cinco foram posicionados em frente a um local onde há uma vista panorâmica do estádio, que está em obras para a Copa do Mundo de 2014. A reação deles foi parecida ao ver o grande palco “desmontado”.
Edinho, Zico, Maurício, Pet e Dinamite durante evento no Maracanã. Ex-jogadores relembraram bons momentos no estádio (Thiago Fernandes/GLOBOESPORTE.COM)
- Corta o coração ver isso aqui. Eu tomei um susto quando vi os sacos de cimento de um lado para o outro. Mas a gente sabe que é por uma boa causa. A gente fez parte da geração que participou dos jogos de maior público do estádio. Isso não vai mais acontecer. O local está se adequando ao que precisa para receber uma final de Copa do Mundo. Espero que o Maracanã seja bem benzido para levar o Brasil a mais um título – disse Zico.
- A gente toma um susto, mas depois fui ver o filme do projeto final e vi que vai ficar muito bom. É necessário. Vai ficar muito legal – afirmou Edinho.
Empurrão de Maurício, Zico x Dinamite e cortesia
Devido a um compromisso de última hora, Roberto Dinamite se atrasou para o evento. Por isso, Pet foi questionado se ele poderia ser colocado como ídolo do Vasco. Entre vaias e gargalhadas, o sérvio deu uma resposta política.
- Joguei em três grandes clubes do Rio e me orgulho de ser ídolo dos três – disse.
Pouco depois, Roberto chegou e foi saudado como campeão em um abraço de Zico. A cortesia entre ambos continuou durante o bate-papo, mas não sem se provocarem. Ao relembrar o episódio do “ladrilheiro” (na final do Carioca de 81, um torcedor flamenguista entrou em campo para esfriar a reação do Vasco. O Fla vencia por 2 a 1 até então. O placar se manteve e o Rubro-Negro foi campeão), os dois trocaram “acusações”.
- O cara entrou em campo e a gente foi campeão. O que que tem? Ele era de Caxias, sua terra Roberto – brincou Zico.
- Naquela época não tinha dinheiro para fazer obra não. Isso foi coisa que vocês inventaram – rebateu Dinamite.
Outros jogos decisivos foram tema de brincadeiras entre a dupla. Mas Zico estava inspirado e não se contentou em implicar só com o presidente cruzmaltino. Quando Pet tentou brincar com ele, de uma tacada só respondeu ao ex-meia e ainda ironizou um jogador que nem estava lá.
- Eu joguei em dois Maracanãs. Aqui e na Sérvia. O Zico não teve isso – disse Pet.
- É, mas fez quantos gols? Eu fiz 330. E não conto os gols festivos ao contrário do Túlio (Maravilha). – respondeu Zico arrancando gargalhadas até de Maurício.
O ex-jogador do Botafogo não foi esquecido por Zico. Autor do gol do título carioca do Glorioso em 89, o ex-atacante relembrava do lance, quando foi questionado pelo ex-meia do Flamengo sobre o empurrão que teria dado em Leonardo.
- Eu encontrei o Leonardo depois... – começou a responder Maurício.
- Caído dentro do gramado né? – brincou Zico.
- Não. Eu encontrei com ele fora do campo. E ele mesmo disse que se estivesse no meu lugar faria a mesma coisa.
Edinho também não conseguiu sair do evento sem que os outros convidados lembrassem alguma história sua. Maurício disse que o jogador tinha uma maneira de aquecer própria para o seu “estilo de jogo”.
- Ele já aquecia assim (o ex-atacante faz movimentos para os dois lados com os cotovelos levantados). Era um jeito de já entrar “bem” para a partida.
- Todo mundo aquecia assim na época – rebateu o ex-tricolor.