
Torcedores expõem insatisfação ao coordenador Marcio Touson, de branco, e ao gerente Anderson Barros (Crédito: Júlio César Guimarães)
André Filho: 'Não dá mais para aturar, se não ganhar, a situação vai piorar'
Irritados com a queda de rendimento da equipe de Ney Franco desde a conquista da Taça Guanabara, três representantes da principal facção da torcida do Botafogo conversaram em tom de cobrança por cerca de 20 minutos com o gerente de futebol, Anderson Barros, nesta sexta-feira, no Engenhão, durante o treino.
- Fomos lá no intuito de cobrar mesmo. Sabemos que o momento é de apoio, estamos do lado deles, mas foi uma maneira de dar uma pressão em cima dos jogadores, mostrar que não estamos satisfeitos. Não é porque estão na final que podem desanimar - comentou André Filho, diretor da facção.
Do outro lado do campo, cerca de 30 torcedores aguardavam. Parte deles aproveitou para adquirir ingressos para a semifinal, sábado, contra o Vasco, já que garantiram que não iriam pedir entradas gratuitas ao clube. As bilheterias do estádio, porém, estiveram vazias ao longo da manhã.
Questionado a respeito de a cobrança não ter sido direta aos jogadores, André Filho explicou a razão.
- Não temos de falar com eles. Reclamamos com a diretoria. Perguntamos se salários estão atrasados, se há algo de errado. Responderam que não - contou o botafoguense, que foi além:
- No primeiro turno, o time ia na bola como se fosse em um prato decomida. Agora, parecem satisfeitos com tudo. Não dá mais para aturar, se não ganharem, a situação vai piorar - prometeu.
Ainda sem saber do episódio, o atacante Reinaldo tornou a convocar os torcedores para encherem o Maracanã, além de ter demonstrado muita confiança.
- Mesmo já tendo nos vencido, não vejo o Vasco como favorito neste clássico. Nossa torcida vai nos apoiar e esperamos que esteja em maior número do que a deles - disse.