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A diretoria do Fogão explica público ruim


Principal razão apontada para recorde negativo do Engenhão é o horário da partida

Engenhão tem recebido poucos torcedores. Diretoria acredita que o estádio ainda não "pegou" totalmente


(Crédito: Paulo Sérgio)
LANCEPRESS!

A gestão liderada por Maurício Assumpção trouxe de volta ao Botafogo a estrutura que faltou aos últimos momentos da era Bebeto de Freitas. Entretanto, embora o clube já tenha, inclusive, conquistado a Taça Guanabara, um antigo problema segue a incomodar a diretoria: a escassez de público no Engenhão.

No empate com o Americano, apenas 2.248 torcedores pagaram ingresso, registro mais baixo da história do estádio, ao menos em jogos do Alvinegro. Vale lembrar que o local abrigou partidas do Pan 2007. A respeito do caso, o presidente deu um exemplo às autoridades de quão prejudicial pode ser os jogos às 19h30 num dia de semana.

- O ônibus de General Severiano saiu às 17h, e com todo trânsito encontrado ao longo do caminho, só conseguimos chegar ao Engenhão depois das 18h30. Isso porque temos uma escolta nos acompanhando.


Para se ter uma idéia, a delegação do Americano só chegou a tempo porque, quando nos encontrou, passou a nos seguir.


É claro que isso serve para os torcedores também. Soube de muitos que sairam do trabalho na Zona Sul e chegaram só no segundo tempo - explicou Mauricio Assumpção, que, além das críticas, pediu urgência na resolução do problema.

- Pode-se dizer que há o trem, mas ele também está lotado, o que é um transtorno a mais, até porque a maioria ainda pega o metrô antes. Eu já fiz esses trajetos, mas tem muita gente nesse meio que não sabe nem o que é isso. É fundamental que sentemos à mesa logo para resolvermos e não voltarmos a disputir a mesma coisa no ano que vem - desabafou.

Ao torcedor do Botafogo, o dirigente mandou um recado, o absorvendo de culpa.

- Meu parâmetro da torcida é o da final da Taça Guanabara, quando colocamos mais de 70 mil pessoas no Maracanã e não o de quarta-feira. Existem, porém, outros fatores, como a própria classificação antecipada para a final - ponderou.

Responsável por comandar as diversas ações de marketing no Engenhão, o vice-presidente do setor, Beto Macedo, minimizou a presença reduzida do público e lembrou que, em breve, a situação deverá melhorar.

- Sinceramente, eu desconheço os motivos específicos para essa marca. Mas já existem acordos para a melhoria da sinalização com a Cet-Rio e conversas adiantadas com a Supervia para a questão dos trens. Vejo que o Engenhão ainda é um problema de cultura. Não é um estádio tão conhecido. Isso é um projeto nosso que tem sido posto em prática aos poucos, mas reconhecemos que o processo é longo - concluiu.