Mauricio Assumpção reitera que atacante 'está diferente' e evita oba-oba por sua reestreia: 'Não é um evento, estamos tratando como algo normal'
Com o intuito de evitar a badalação exagerada em torno da reestreia de Jobson, cuja suspensão por doping acaba nesta terça-feira, o presidente Mauricio Assumpção se pronunciou no Engenhão após assistir ao desempenho do jogador em coletivo dos reservas contra os juniores. O dirigente admitiu que todos no Botafogo vivem grande expectativa pelo primeiro toque na bola do atacante, mas não quer transformar a partida contra o Bangu, sábado, numa ocasião maior do que é.
- Todos nós vivemos uma grande expectativa, não dá para negar. Desde o momento em que trouxemos o Jobson de volta, contávamos os dias pra ele estar apto a jogar. É isso que gostamos de ver. É dessa forma que ele conquistou o coração da torcida, ajudando a salvar o time do rebaixamento em 2009. Foi colocado num patamar de idolatria interessante a partir de então. E o Botafogo, sempre que ele precisou e tentou jogar futebol, o apoiou também. Será um prazer ver alguém que ama jogar futebol em um momento assim. É isso que ele faz de melhor. Jobson sabe que precisa estar bem, estar feliz, e isso tudo tem está agora. O clima no elenco é de felicidade. Vamos torcer para tudo correr dentro do esperado e ele ajude o Botafogo a ganhar títulos - disse Assumpção, emendando com o pedido à imprensa.
Assumpção alternou momentos de alegria com ponderação (Foto: André Casado / Globoesporte.com)
- Quero que vocês (jornalistas) entendam o lado do Botafogo. É o nosso trabalho fazer com que a semana seja tranquila, sem exageros, sem badalação. O clube só está se cercando para que ele tenha uma boa condição para voltar. A expectativa de fazer matérias especiais existe, o torcedor quer também, mas o importante não é o oba-oba fora de campo. Não é um grande evento, estamos tratando como algo normal. Vai ter festa como em outra vez? Não. Ele vai ter camisa especial? Já comentou que gosta do número 11, mas isso não é prioridade - argumentou, em referência à proibição de reportagens especiais com Jobson, ao menos, até o fim de semana.
O segredo para o comportamento exemplar do então problemático camisa 11 se baseia em dois aspectos, segundo o presidente do Glorioso. Cada um de lado da parceria
- Ele está diferente, isso está fazendo a diferença. E o tratamento do Botafogo é igual com qualquer um. E vai continuar da mesma forma. Como o Jobson mesmo disse, não o veem como criança mais. É isso. De uma forma responsável, como um adulto, ele tem os mesmos direitos e deveres dos consagrados aos juniores - ressaltou Assumpção, que deu uma despistada ao assegurar que sua presença tinha mais a ver com a vontade de acompanhar a garotada em ação, mas depois brincou.
- É claro que eu disser que foi só para ver os juniores, vou estar mentindo. Foi o primeiro trabalho do Jobson em um novo momento, bateu a curiosidade e a expectativa.
Assumpção e Oswaldo à beira do gramado
(Foto: André Casado / Globoesporte.com)
(Foto: André Casado / Globoesporte.com)
Sem pensar em recaída
Enquanto tudo parece funcionar, a empolgação domina. Mas e se Jobson falhar e tiver uma recaída, como já aconteceu em diversas oportunidades? O presidente alvinegro diz que prefere não pensar nisso.
- Eu tenho defeitos, todos temos. E sabemos o motivo dessas fraquezas. Tentamos contornar e aprendemos. Acho que esses pecados são comuns a todos. Ele ncarou de frente o problema e temos que acreditar. Jobson está conseguindo uma vitória contra ele mesmo que é louvável. Será que é preciso ter esse tipo de medo? Prefiro pensar positivo, em como é bacana que isso tenha ficado para trás - finalizou.