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Comparado a Zico, Fellype Gabriel não reclama do destino: 'Estou novo'

Meia eleva importância de ida do Japão para retomar confiança e cita Oswaldo de Oliveira como fundamental na luta para alavancar sua carreira de novo

Por André Casado Rio de Janeiro
 
De 2004 para 2005, ainda com 18 anos, Fellype Gabriel surgia no Flamengo como a principal aposta da base para ajudar no bicampeonato carioca. Foi titular por mais de 30 partidas e chegou a ser comparado a Zico, pelo físico esmirrado e até estilo técnico, rápido e driblador, mais pelo que poderia se tornar. Em sete temporadas, no entanto, o meia não correspondeu às expectativas. O recomeço no futebol brasileiro acontece a alguns quilômetros da Gávea, no rival Botafogo, e a resposta para a frustração está na ponta língua. Mas Fellype, que sofreu com sérias lesões, não reclama do que conquistou. O destino, para ele, ainda está por vir.

- Tive um momento bom no meu começo, animei muita gente e sabia do que era capaz. Mas tive uma lesão grave no joelho que me prejudicou muito. Estava indo para a Seleção. É difícil lidar com isso, ter confiança novamente. Além do tempo parado ter atrapalhado, depois tive um problema com a diretoria e não joguei mais pelo Flamengo. Tomei meu rumo e busquei meu espaço em outros lugares. Quando você vai ver, já se passaram alguns anos - explica o jogador, que passou por problemas fisiológicos, também, que o fizeram vomitar em campo duas vezes.

Fellype Gabriel botafogo (Foto: André Casado / GLOBOESPORTE.COM)Fellype analisou a carreira e quer confirmar volta por cima (Foto: André Casado/GLOBOESPORTE.COM)
 
Mesmo assim, o último contratado do Glorioso não ficou marcado e ainda tinha quem acreditasse em seu potencial. No Cruzeiro, não rendeu. Mas no Nacional-POR e mais ainda na Portuguesa viu sua estrela brilhar, apesar da queda para a Série B em 2008. Foram mais de 50 jogos até a contratação pelo Kashima Antlers, do Japão, em 2010, por indicação e reconhecimento de quem o conhecia da época de Rubro-Negro: o técnico Oswaldo de Oliveira, por quem nutre carinho especial por alavancar sua carreira de novo.

- Perdi muito tempo para me recuperar e pensar no que fazer. Minha ida para o Japão foi fundamental. Uma cultura diferente, mais disciplina, não tive problema de lesão e só cresci. Claro, trabalhei com professor Oswaldo, um cara bastante inteligente, que acreditou em mim e que me ensinou muito dentro e fora de campo. Ainda estou novo e tenho muito para dar ao Botafogo - avisou Fellype Gabriel, de recém-completados 26 anos, com a esperança de confirmar os elogios do passado e provar que não era só uma promessa.

O segundo compromisso do meia será neste domingo, contra o Volta Redonda, às 16h, em São Januário. O Alvinegro estreou com o pé direito na Taça Rio, ao bater o Americano na quinta-feira.