Argentino atuou apenas quatro vezes como titular, mas dispara na artilharia. Cada vez mais reservado à imprensa, atacante parece estar mais calmo
Entre os torcedores do Botafogo, o nome do argentino Herrera ecoa quase como uma exigência para transformá-lo em titular do time comandado pelo técnico Oswaldo de Oliveira. E não é por acaso. O desempenho do atacante em campo tem sido digno, e os números são a prova do bom momento do jogador, talvez o melhor com a camisa do clube, que defende desde o começo de 2010.
Nos dez primeiros jogos nesta temporada, Herrera marcou sete gols e disparou na artilharia do time, que tem seis vitórias e quatro empates, mesmo atuando apenas quatro vezes como titular. É a sua melhor marca no início de seu terceiro ano no clube. Além disso, o argentino tem demonstrado maior controle em campo, sendo punido apenas uma vez com o cartão amarelo. A experiência, no alto de seus 28 anos e seis de futebol brasileiro, parece fazer a diferença.
- O Herrera é diferente do Abreu. Ele tem mais mobilidade, dá mais opção. É um jogador de mais intermediária do que o Abreu, que é um finalizador, de dentro da área. Vou usar o Herrera da melhor maneira possível para o ataque fluir e fazer os gols - explicou Oswaldo de Oliveira.
No seu primeiro ano de Botafogo, em 2010, Herrera marcou apenas um gol e levou cinco cartões amarelos nos 10 jogos iniciais da temporada, com oito vitórias e duas derrotas, uma campanha melhor. Em 2011, no mesmo período, fez dois gols e foi punido duas vezes com o cartão amarelo, somando seis vitórias, três empates e uma derrota.
Sua melhor sequência com a camisa do Botafogo aconteceu entre os dias 4 de março e 14 de abril de 2010. Ele marcou nove gols na série de dez jogos do período, mas levou dois cartões amarelos e dois vermelhos. Com ele em campo, o time conseguiu sete vitórias, um empate e duas derrotas.
Agora, Herrera atuou como titular nos últimos quatro jogos, quando o time sofreu com desfalques por lesão. Foram três vitórias e um empate, com quatro gols do argentino, dois deles na vitória por 3 a 1 sobre o Volta Redonda, domingo, em São Januário. Apesar da boa fase, o camisa 17 tem mantido a discrição, mais arredio fora de campo, evitando falar com a imprensa.
Sábado, contra o Bangu, em Moça Bonita, às 16h (de Brasília), pela terceira rodada da Taça Rio, Herrera tem tudo para continuar no time, atuando na posição de Maicosuel, que segue se recuperando de um estiramento na coxa direita. Além disso, Andrezinho e Elkeson, que, se jogar, iria para o lado esquerdo, ainda estão no departamento médico com lesões musculares.