Oswaldo de Oliveira destaca que equipes de menor porte costumam ser mais tímidas fora de casa, mas vê qualidade em especial no lado direito
É com a máxima atenção às qualidades demonstradas pelo Treze, mas com a crença de que o rival não renda não tenha o mesmo rendimento da Paraíba que o Botafogo se prepara para decidir sua vaga na segunda fase da Copa do Brasil, quarta-feira, no Engenhão. Após o empate em João Pessoa, em jogo equilibrado, o técnico Oswaldo de Oliveira prevê possíveis dificuldades. Ainda assim, destaca que as partidas fora de casa costumam ser mais problemáticas e pior já passou.
- Tivemos um grande obstáculo lá, que foi a condição do jogo. Esses centros "menos iluminados" do futebol brasileiro são complicados. Além do gramado, tinha a iluminação e até uma banda com música muito alta no próprio campo. Quer dizer, houve a preocupação grande com a festa, é um evento anual a visita de um clube como o Botafogo, mas nada nos facilita. Fui com Flu, Corinthians e São Paulo, e já vi, em Belém, darem 55 minutos no segundo tempo. Só que essas equipes normalmente não desenvolvem o mesmo rendimento quando jogam fora - aponta Oswaldo.
O comandante elogiou especialmente o lado direito do adversário:
Jefferson pede paciência e Oswaldo espera que Treze não renda tanto (Foto: Cezar Loureiro / O Globo)
- Eles mostraram qualidade, alguns jogadores interessantes, estavam empolgados. São dois meias inteligentes, bons valores no lado direito, onde tem muita força. Isso vai ser uma dificuldade.
'É nas pequenas pedras que se tropeça'
O goleiro Jefferson, que participou das últimas duas eliminações precoces do Botafogo (Santa Cruz e Avaí) usa até um ditado para relembrar que o empenho deve ser ainda maior. E toma como base o triunfo sobre o Vasco, por 3 a 1, no clássico do último domingo.
- Não pode entrar achando que vai ser fácil, temos de saber que é nas pequenas pedras que se tropeça. Contra o Vasco, fIzemos uma partida perfeita, quase tudo correto. É saber que é difícil, mas, se fizermos o mesmo o que fizemos contra o Vasco, vamos vencer - decretou o camisa 1, que vê a paciência como a principal virtude alvinegra.
- Temos de ter paciência, o Treze não vai sair (para o jogo) tanto assim, tem de ter paciência para esperar fazer o primeiro gol e não tomar. Vamos jogar, fazer nosso jogo, mostrar personalidade e não nos expormos tanto. É rodar a bola, ganhar na inteligência.