Por Luciano Borges
O técnico Estevam Soares faz as contas e revela: “Vamos precisar de mais sete ou oito jogadores para montarmos um grupo competitivo”. Não é o que ele tem em mãos. Hoje, o Botafogo busca mais dois atacantes, dois zagueiros, um lateral e um volante.
É um número alto de atletas para um clube que não pode errar. “Não estamos com muita grana. É preciso muito cuidado para não errar”, afirmou Estevam que – só no ataque – ficou sem André Lima, Reinaldo, Vítor Simões, Jobson e Renato. “Só tenho o Loco Abreu para o setor”, disse pela manhã. À tarde, o clube confirmou a contratação do argentino Herrera por empréstimo de um ano.
Nesta quinta-feira, o presidente Maurício Assumpção tenta fechar a aquisição de Fellype Gabriel (Portuguesa), Ortigoza (ex-Palmeiras) e Wilson (que jogou no Sport em 2009).
Hoje, Estevam Soares não tem o time que gostaria de colocar em campo. Sem ter o elenco fechado, o técnico terá que puxar garotos da base. “Vamos jogar com a garotada, se for preciso. É complicado, mas tenho confiança na direção que está buscando os reforços”, disse Estevam ao Blog do Boleiro.
Para tirar o máximo de uma pré-temporada que dura 11 dias, os jogadores do Botafogo vão treinar em três períodos.
A partir desta quinta-feira, a programação elaborada pela comissão técnica será esta: despertar às 6h30, treino físico às 7h00, café às 8h00, descanso até o treinamento com bola que vai começar às 10h30, almoço às 12h30, descanso até novo trabalho físico às 17h00.
Para cumprir esta rotina, o time vai se concentrar em General Severiano a partir da noite desta quarta-feira. No sábado, a delegação segue para Saquarema, na região dos lagos do Rio de Janeiro.
O clube alugou o centro de treinamento da Confederação Brasileira de Vôlei para alojar e realizar atividades sem bola. Treinos coletivos, táticos e técnicos serão organizados no estádio municipal.
“Eu sei que será puxado, mas é o que precisamos fazer para colocar os jogadores em melhores condições”, justifica o treinador. Soares reclamou, e muito, do tempo de preparação que os times ganharam desde que as férias de 30 dias se tornaram obrigatórias: “Isso aí é um crime. Não se pode reunir um time no dia 5 e jogar no dia 16. Só acontece isso no Brasil.”