Ataque não funciona, e time alvinegro perde a chance de assumir a liderança do Grupo A do Campeonato Carioca
Boa atuação de Andrezinho no primeiro tempo não
adiantou: 0 a 0 (Foto: Fernando Soutello / Agif)
adiantou: 0 a 0 (Foto: Fernando Soutello / Agif)
A chama esteve bem menos acesa do que na estreia. Faltou um pouco de tudo ao Botafogo no empate por 0 a 0 com o Nova Iguaçu, neste domingo, em Bangu: organização para encaixar a transição do meio ao ataque, presteza para aproveitar as poucas chances criadas, inspiração para desmontar a marcação adversária. Com Loco Abreu quase fora do raio de visão dos criadores, o jeito foi apelar para bolas paradas e cruzamentos. Em vão.
O Nova Iguaçu, sem embocadura ofensiva, também não apresentou grande capacidade para movimentar o placar. O empate sem gols foi um resultado natural. O time da casa, porém, lamenta um impedimento mal marcado. Mossoró estava frente a frente com Jefferson.
Com o resultado, o Botafogo perdeu a chance de aproveitar o tropeço do Flamengo (também empatou por 0 a 0, sábado, com o Macaé) para rumar à liderança do Grupo A do Campeonato Carioca. Segue na segunda colocação, com quatro pontos, atrás dos rubro-negros no saldo de gols. O Nova Iguaçu, também com quatro, é o terceiro.
A partida teve o pouco público pagante de 2.151 pessoas e renda de R$ 47.035,00. Na quinta-feira, o Botafogo visita o Madureira, e o Nova Iguaçu encara o Bonsucesso fora de casa.
Loco, o náufrago
Não fosse a companhia dos zagueiros do Nova Iguaçu, Loco Abreu não teria com quem falar no primeiro tempo em Moça Bonita. Seria engolido pelo tédio. Morreria de solidão. Porque a bola, parceira mais desejada pelo uruguaio, mal deu as caras na etapa inicial. A pobreza ofensiva do time alvinegro explica o empate por 0 a 0 nos primeiros 45 minutos.
A engrenagem meio-ataque, de bom funcionamento na vitória de 3 a 1 sobre o Resende, parecia enguiçada neste domingo. O Botafogo teve muito Andrezinho e pouco Maicosuel. Elkeson não chegou ao ataque como deveria. E Loco ficou lá no ataque, cercado apenas por adversários. Deu apenas um cabeceio, e torto, já que foi ruim o cruzamento de Lucas.
A equipe de Oswaldo de Oliveira foi mais incisiva nos primeiros minutos. E sempre com jogadas coordenadas por Andrezinho. Repetidas vezes, ele fez o goleiro Jefferson, do Nova Iguaçu, agir. Bateu duas faltas com perigo – ambas afastadas pelo oponente de luvas.
Da metade do primeiro tempo em diante, o Nova Iguaçu se consolidou em campo. Caiu a supremacia do Botafogo. Mas faltou qualidade técnica ao adversário alvinegro. Foi uma sucessão de lançamentos exagerados, passes tortos, cruzamentos errados. Não houve uma chance sequer de gol. Quando haveria, a arbitragem anulou mal um lance no qual Mossoró ficaria frente a frente com o botafoguense Jefferson. Ele não estava impedido. Poderia ter sido o gol do time mandante.
Muda o time, segue o placar
O Botafogo tentou verticalizar o jogo no segundo tempo. Não deu muito certo. A escalação inicial de Oswaldo sobreviveu até os 12 minutos, quando Elkeson deu lugar a Herrera. Assim, diminuiu o isolamento de Loco Abreu.
Não por acaso, a equipe alvinegra ficou mais aguda. E passou a criar chances. Chute de Maicosuel só não virou gol porque a cabeça de Naylhor, no meio do caminho, impediu. Loco, na sequência, mandou cabeceio, e a zaga afastou novamente.
Pouco depois, o uruguaio dominaria com a mão, sem percepção da arbitragem, se livraria do goleiro e perderia nova chance ao ser desarmado.
E aí o Botafogo parou de novo. Oswaldo de Oliveira tentou novas cartadas. Colocou Felipe Menezes no lugar de Andrezinho e Caio na vaga de Maicosuel. Pouco adiantou. Era um domingo para 0 a 0.