Técnico do Botafogo é de Realengo, bairro vizinho ao estádio, e tem muitas histórias para contar antes de voltar a trabalhar no local, neste domingo
Oswaldo de Oliveira no treino do Botafogo
(Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)
(Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)
As recordações vêm da adolescência, quando na década de 60 os clubes cariocas tinham times de dar inveja ao restante do país, e qualquer jogo era sinônimo de casa cheia. Com um sorriso no rosto, Oswaldo de Oliveira, 61 anos, dá impressão de que contaria histórias durante o dia inteiro, se fosse possível. Com a memória privilegiada, o treinador não esconde a felicidade de poder trabalhar ao lado de casa, em Moça Bonita, estádio mais do que especial, no qual passou a infância nas redondezas.
Criado em Realengo, colado a Bangu, ele lembra de quando pegava sua bicicleta para explorar um dos 27 campos da vizinhança. E esperava com ansiedade por um isolado Fluminense x Campo Grande que fosse. Mesmo que tivesse de matar a aula para aproveitar os portões abertos.
- Realmente são muitas recordações, vi grandes jogos, até um amistoso da Seleção de 70, antes da Copa, contra o Bangu. Espero que esse momento de nostalgia seja bom, positivo, mas que dure até a hora do jogo. Depois, que seja só alegria com uma vitória - comentou.
Quis o destino que, por conta da defasagem do estádio, Oswaldo não pudesse visitá-lo mais vezes, apesar de estar envolvido com o futebol há mais de 30 anos. Ele jamais comandou uma equipe em Moça Bonita, mas tentou deixar sua marca de outra forma.
Reformado, estádio de Moça Bonita volta a receber os grandes (Foto: Thales Soares/GLOBOESPORTE.COM)
- Treinei lá, como ponta direita, em 1967, com 16 para 17 anos. Não deu certo a carreira de jogador antes de me profissionalizar. Mas eu tinha um primo que jogou no Bangu, então continuava indo ao estádio, que para mim não perdia o charme. De Padre Miguel era bonito ver, do alto, aquela imensidão de gente ocupando os campos aos domingos com Moça Bonita no meio - diz.
A mãe do treinador e parte da família e amigos ainda residem em Realengo, e a oportunidade de visitá-los depois da partida contra o Nova Iguaçu, domingo, não será desperdiçada, garante.