Grande dança das cadeiras no primeiro mês do ano impressiona e mostra o sabor amargo da instabilidade da profissão. Só o Alagoano teve três dispensas
Marcão é um dos que já perderam o emprego
em 2012 (Foto: Fabio Leme / Globoesporte.com)
em 2012 (Foto: Fabio Leme / Globoesporte.com)
A temporada do futebol brasileiro mal começou e muitos técnicos já perderam o emprego. Numa incrível dança das cadeiras que não para, 22 treinadores foram demitidos nos estaduais pelo Brasil no primeiro mês do ano, provando o sabor amargo da instabilidade na profissão.
O Campeonato Alagoano está apenas na quinta rodada e três treinadores já foram para a rua. Erandy Montenegro (Penedense), Celso Teixeira (CSA) e Carlos Rabelo (Coruripe). No Ceará, o técnico Júlio Araújo foi mandado embora do Ferroviário, mas ficou apenas dois dias sem emprego, já que acabou contratado pelo Trairiense dois dias depois. O time, que tem uma lagosta no escudo, já havia dispensado os serviços de Jorge Pinheiro. O Guarani de Juazeiro demitiu Vinicius Saldanha.
Em São Paulo, Roberto Fernandes, do Guaratinguetá, foi o primeiro a cair. No Campeonato Carioca foi Marcão, ex-volante do Flu, que teve a 'honra' de puxar a fila dos treinadores demitidos, deixando o Bangu. Acácio, fora do Olaria, reforçou o time. No Campeonato Capixaba, Ionay da Luz não comanda mais o São Mateus.
No Rio Grande do Sul, Karmino Colombini caiu do comando do Ypiranga de Erechim, enquanto Marcelo Estigarribia foi dispensado do Canoas. Tem mais: Carlos Gavião foi dispensado pelo Pelotas.
A história mais curiosa aconteceu em Goiás. Betão Alcântara soube que não era mais o treinador do Rio Verde ouvindo um programa de rádio. Ainda no estado, Léo Goiano, agora, é ex-treinador do Aparecidense.
Betão Alcântara soube da demissão pelo rádio
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
No futebol paraense, dois técnicos já perderam o boné. Lúcio Santarém foi demitido do São Raimundo, enquanto Fran Costa caiu do comando do Independente de Tucuruí. Em Pernambuco, o Belo Jardim já trocou de treinador: Givanildo Sales por Leivinha. No Maranhão, Braide Ribeiro foi convidado a se retirar pela diretoria do Imperatriz.
Lio Evaristo foi o primeiro treinador a cair no Campeonato Paranaense. Ele estava no comando do Rio Branco de Paranaguá. Enquanto isso, Sidcley Souza está fora do Caicó-RN, fazendo companhia no Rio Grande do Norte a Fábio Giuntini, dispensado do Potiguar de Mossoró.
Na Bahia, não houve demissão, mas o treinador Emerson Mateus se antecipou e pediu as contas no Juazeiro. No Itabuna, Daniel Oliveira foi 'rebaixado'. A diretoria contratou Ferreira pra ser o novo comandante.
Entra ano sai ano, a dança das cadeiras entre os treinadores não para.