A pergunta já não é mais tão absurda de se fazer no futebol. Mas, geralmente, o marketing é confundido com a simples busca por patrocínio e receitas para bancar o clube.
Claramente o departamento de marketing tem de ser muito mais do que isso. Precisa fidelizar torcedor, aumentar a base de consumo dos produtos ligados ao clube, conhecer melhor o consumidor e, lógico, buscar vantajosos contratos de patrocínio.
Em setembro passado, o Botafogo mostrou como um departamento de marketing minimamente bem organizado pode trazer resultados excelentes para o clube apesar de ter uma estrutura ainda longe da ideal.
O clube carioca fez uma reunião para seus patrocinadores em que o projeto de patrocínio para 2012 foi apresentado.
O negócio foi simples. Uma apresentação das propriedades comerciais disponíveis, os valores de cada uma delas e, ainda, o retorno que é possível de se obter a partir desses investimentos. Ao final do encontro, o atacante Herrera apareceu e entregou toda a apresentação para os empresários presentes ao local.
Simples e eficiente. Foi a partir disso que o vínculo com Guaraviton foi ampliado, da mesma forma que a Havoline manteve seu aporte.
Um departamento de marketing bem preparado consegue, facilmente, manter a base de conversa num patamar bom de negociação tanto para a empresa quanto para o clube. O encontro prévio com os patrocinadores também foi uma forma de mostrar planejamento e visão de longo prazo.
Com a profissionalização das próprias empresas ao investir no esporte, a história de que sempre negocia-se algo fantástico, que é o “Manto Sagrado” de qualquer uniforme, simplesmente cai por terra.
Marketing serve para vender patrocínio. Mas pode ser bem mais do que isso. E os clubes começam a mostrar, dentro de campo, que com o mínimo de bom planejamento fora dele as coisas podem melhorar. O Botafogo é um bom exemplo disso. Há cinco anos, lutava para não ser rebaixado. Hoje, entra como time favorito, pelo menos, a disputar as primeiras posições.