Intocável, Antônio Carlos rejeita rótulo de xerife e admite afirmação 'tardia'

Zagueiro, de 28 anos, ganha charge ao estilo, brinca com máxima sobre a posição e lembra que chegou a pensar em convocação à Seleção em 2011

Por André Casado Rio de Janeiro

 

 

Antônio Carlos vive bom momento pelo Botafogo há
dois anos (Foto: Satiro Sodré / Agência Estado)

 

Sinônimo de segurança na defesa do Botafogo e até responsável por uma parcela de gols do time, Antônio Carlos começa mais uma temporada em alta. Tido como xerife, prefere rejeitar o rótulo, mas ao sentir o respeito da torcida alvinegra acredita que vive seu melhor momento na carreira, principalmente por conta da maturidade adquiridade ao longo da carreira. Em 2009, antes de fazer 26 anos, foi dispensado do Atlético-PR. O baque não mudou a maneira de jogar nem a postura, ainda que o camisa 3 admita, em tom de brincadeira, que alcançou sua afirmação tarde.

- Ouvia uma máxima de que zagueiro fica bom dos 26 anos para cima. Eu estou com 28, então estava na hora, né (risos)? Passei a me preocupar mais com outros detalhes, ver vídeos, o que tenho de melhorar. Converso muito com os técnicos, com os companheiros para não errarmos. A evolução foi grande mesmo, mais até no posicionamento. E tenho um respaldo maior por marcar meus gols. Fico mais tranquilo também - comentou Antônio Carlos, um tanto constrangido com a moral dada até pela caricatura criada pelo departamento de marketing, em parceria com o chargista André Guedes, no telão antes dos jogos no Engenhão.

- Que negócio de xerife nada, quero isso, não. Não tem essa de dono da zaga, como o pessoal brinca. Tem outros jogadores, no time todo, que ajudam para caramba. Gostei da charge, o chapéu ficou legal, até falei com Maicosuel que a dele ficou boa também, vestido de mago. Tudo o que é novo é válido, parabéns para o marketing - agradeceu.

Sobre seu futuro, o zagueiro não sonha mais com voos altos. Apenas aguardava uma lembrança para a Seleção Brasileira quando jogadores que atuavam no país foram convocados.

- Trabalho para fazer o melhor aqui no Botafogo, mas claro que tenho o sonho de ser convocado. Pensei mais naquele amistoso contra a Argentina, fiquei ansioso, alguns daqui foram lembrados. Não aconteceu, mas programei minha cabeça para o sim e para o não. Seria mais uma camisa importante na parede. A idade já está legal, daqui a pouco vão me tratar como experiente (risos)