Médicos liberam o jogador para voltar a treinar com o time, empresário promete ação e presidente chama o clube brasileiro de 'irresponsável'
Rojas volta a treinar segunda-feira com o time
(Foto: André Casado / Globoesporte.com)
(Foto: André Casado / Globoesporte.com)
O caso Rojas ainda não chegou ao fim. Nesta quinta-feira, o jogador chileno, que foi reprovado pelo Botafogo nos exames médicos, comunicou pelo seu Twitter que voltará a treinar segunda-feira com seus companheiros de Universidad de Chile. Mas o imbróglio vai além. O empresário Maurício Valenzuela prometeu estudar a possibilidade de tomar ações legais contra o Alvinegro.
Durante mais de uma semana, a novela sobre a contratação ou não de Rojas, que permaneceu por dez dias no Rio de Janeiro, se desenrolou sempre sob mistério. Submetido a exames médicos de praxe, o jogador viu um problema cardíaco ser detectado após um teste físico. Depois disso, os departamentos de futebol e médico do clube ainda consultaram outros especialistas, mas desistiram de contratá-lo, por causa dos supostos riscos.
- É um tema que devemos analisar, se faremos ou não uma ação contra o Botafogo. Nos sentimos prejudicados por uma decisão apressada. Ele é uma pessoal totalmente apta para jogar futebol. Ficamos chateados por não haver um estido profundo. Poderiam ter feito mais - disse Valenzuela, em entrevista à "Radio Cooperativa".
Presidente da Universidad de Chile, Federico Valdés fez duras críticas ao Botafogo. A negociação foi longa e o clube brasileiro pagaria R$ 2 milhões à vista para contar com Rojas, de 28 anos, que assinaria três anos de contrato.
- O Botafogo foi ao limite da irresponsabilidade. Mandamos um jogador são e nos devolveram um jogador são - disse Valdés, em entrevista ao jornal "La Tercera", durante a festa de apresentação do novo uniforme do Universidad de Chile para esta temporada.
Antes de reunião na sede, Rojas posou com escudo do Botafogo (Foto: Thales Soares/Globoesporte.com)
Segundo o dirigente, todos os exames foram feitos na volta de Rojas ao Chile, na Clínica Las Condes. No Brasil, a Clinimex foi a responsável por avaliá-lo a pedido do Botafogo, como acontece com os outros jogadores do elenco. A justificativa do camisa 13 para a variação observada foi o cansaço e o pouco tempo de sono provocado pela longa viagem entre República Dominica e Brasil, passando por seu país. Tudo em pouco mais de 24 horas.
- Fizemos os mesmos exames realizados no Brasil e todos mostraram que não tem qualquer problema físico - disse Valdés, sobre o capitão do La U.
Durante o dia, os médicos da Universidad de Chile divulgaram um comunicado oficial sobre a condição do jogador, informando que ele não sofre de arritmia ou qualquer problema cardíaco.