Total de visualizações de página

Renato vira espião de Oswaldo e tem táticas de Vadão na ponta da língua

Revelado pelo Guarani, volante tem assistido às partidas do agora rival e espera que ex-treinador explore espaços deixados nas laterais alvinegras

Por André Casado Rio de Janeiro
 
Quando ainda era franzino e, por isso, costumava ser chamado de Renatinho, o atual dono da camisa 8 do Botafogo, depois de passar por futebol europeu e Seleção Brasileira, dava seus primeiros chutes no Guarani e conhecia Vadão, que foi o técnico que o consolidou entre os profissionais, no fim da década de 90. A linha de trabalho do ex-chefe não mudou, crê o volante, que, por carinho ao clube de Campinas, acompanha muitos jogos pela televisão.

Assim, apesar de as informações estarem à disposição de Oswaldo de Oliveira com certa facilidade - o Bugre joga a Série A do Paulistão e já está classificação para as quartas de final -, o tempo de preparação é curto, e Renato tem funcionado como um espião interno também.

renato botafogo (Foto: Ide Gomes / Agência Estado)Renato mostrou conhecer detalhes do Guarani, rival desta quarta (Foto: Ide Gomes / Agência Estado)
 
- Vadão passou por vários clubes, sempre com vitórias, e conhece a fundo o nosso time. Vai ter uma marcação nas laterais, por onde gostamos de atacar, ele vai querer explorar os espaços. Acho que tem jogadores rápidos para isso, como o Fabinho. Mas, independentemente do esquema que ele colocar em prática, temos de impor, fazer nosso ritmo, não podemos deixar que eles joguem. É um perigo ser sufocado pelo Guarani. São fortes em Campinas e estão crescendo. Claro que eles têm o pensamento de trazer a decisão para o Rio e vão querer a vantagem - diz.

A expectativa é a de eliminar os paulistas logo nesta quarta-feira, no Brinco de Ouro. Mas Renato gostaria de enfrentar a ex-equipe de novo 2013, em outras circunstâncias:

Independentemente do esquema que ele (Vadão) colocar em prática, temos de impor, fazer nosso ritmo, não podemos deixar que eles joguem. É um perigo ser sufocado pelo Guarani, em Campinas"
Renato
 
- Tenho muito carinho por todos lá, agradeço demais ao Guarani. É um jogo especial para mim, assim como nas quatro vezes em que atuei pelo Santos. Vai ficar guardado e espero que o clube volte à elite do Brasileirão para que eu possa enfrentá-lo também.

No estilo mata-mata, torna-se fundamental não desperdiçar as chances, algo que aconteceu nos dois últimos jogos do Botafogo, contra Duque de Caxias e Fluminense, pela Taça Rio.

- Falta um pouquinho de sorte às vezes. Tentamos atacar, sabíamos do desgaste do Fluminense, mas eles têm um time competitivo. Ficamos chateados pelas chances que criamos, a bola não entrou. Temos conversado sobre isso, mas estamos criando - ressaltou.