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'Donos do time', Loco e Juninho usam status para voltar a comandar Botafogo e Vasco


Bernardo Gentile e Vinicius Castro
Do UOL, no Rio de Janeiro


Ídolos incontestáveis de Botafogo e Vasco, Loco Abreu e Juninho estão sempre com a sintonia alinhada junto ao torcedor. Mesmo quando a fase não é das melhores e os questionamentos internos tomam força, ambos usam o status nos clubes para dar a volta por cima. Panorama que pode se repetir em mais um ato capital para suas carreiras e as equipes na decisão da Taça Rio, domingo, às 16h, no Engenhão.

DEFESAS DE VASCO E BOTAFOGO LUTAM CONTRA FALHAS E FATOR FIEL DA BALANÇA 

 

 Antônio Carlos, Fábio Ferreira, Rodolfo e Renato Silva possuem características comuns além de atuarem como zagueiros de Botafogo e Vasco. Os dois times decidem a Taça Rio, domingo, às 16h, no Engenhão, e o grande objetivo do quarteto é evitar a repetição de falhas que ocorreram até o momento na temporada. Desta forma, os defensores esperam impedir que o setor que atuam decida o campeonato de forma negativa. Ser o “fiel da balança” para o adversário não está nos planos de alvinegros e vascaínos.

Montagem UOL Independentemente do momento, eles são os “donos dos times”. Como em qualquer relação social, discordâncias ocorrem, mas no geral observam uma conduta de respeito quando se posicionam em relação a qualquer fato dentro do grupo. Em 13 jogos na temporada, Loco Abreu fez 10 gols. Mesmo balançando as redes, ficou marcado com o excesso de pênaltis perdidos em sequência e trabalha para apagar logo essa imagem.

No dia a dia, o camisa 13 conversa bastante e comemora 90% dos seus gols abraçando os jogadores reservas. Entretanto, na má fase vivida pelo Botafogo no fim do Brasileirão do ano passado, acredita-se que deixou a desejar no fator liderança, o que também contribuiu para a queda de produção alvinegra. Nos treinos, pode-se observá-lo extrovertido e com um carinho especial pelos mais jovens.

“A forma como ele jogou contra o Bangu era o que nós estávamos esperando do Loco Abreu. É um grande jogador, um ídolo aqui no Botafogo, um cara que todo mundo respeita. Todo mundo mesmo, principalmente a torcida, que sempre espera alguma coisa dele. O Loco faz a diferença e cresce a expectativa por jogadores assim nos momentos de decisão. Esperamos que seja o início de grandes jogos como vinha fazendo antes no Botafogo”, atestou o goleiro Jefferson.

No outro lado do clássico, Juninho goza de ainda mais imunidade na Colina histórica. Em 15 jogos oficiais na temporada, marcou seis gols. Mesmo longe da forma de outrora, continua sendo decisivo e peça importantíssima no time comandado pelo técnico Cristóvão Borges. Tem a confiança do presidente Roberto Dinamite, com quem fala e recebe retorno prontamente.

O fato de não ter atuado fora de casa até o momento na Copa Libertadores não abalou o seu prestígio. Assim como as reclamações públicas de conselheiros sobre seu contrato deram força junto ao mandatário cruzmaltino. Desde o episódio, Juninho não voltou a jogar bem. A torcida e companheiros esperam que o momento ocorra na hora em que o Vasco mais precisa.

“O Juninho é um grande líder, atleta de seleção brasileira, vitorioso e com certeza nesses momentos importantes existe a tendência de aparecer ainda mais. A tendência é a de jogar bem e fazer gol. Ele é o líder do grupo, um craque e ídolo do torcedor. Sabemos da sua importância nesse momento. É uma grande pessoa para nos ajudar”, comentou o atacante Alecsandro.


 CONFIRA CURIOSIDADES SOBRE LOCO ABREU E JUNINHO NA TEMPORADA 2012

JOGADOR FALHAS PIOR MOMENTO MELHOR MOMENTO
Perdeu seis dos últimos sete pênaltis que cobrou. Cinco deles em 2012. Desperdiçou contra Atlético-MG (2011), Resende, Fluminense, Treze-PB, Boavista e Bangu. Marcou contra o Bonsucesso na 6ª rodada da Taça Guanabara. No início da temporada passou pela fase mais difícil. O uruguaio não teve boas atuações sob o comando de Oswaldo de Oliveira e chegou a ser barrado contra o Guarani, pela Copa do Brasil. A sequência de pênaltis perdidos contribuiu para a condição. Uma das principais qualidades é o crescimento nos momentos decisivos. Na semifinal da Taça Rio, contra o Bangu, o atacante marcou três dos quatro gols da vitória alvinegra. Nem mesmo o pênalti perdido foi capaz de manchar a sua melhor atuação em 2012.
Por variados motivos não participou dos três jogos do Vasco fora de casa na fase de  classificação da Copa Libertadores. Na partida contra o próprio Botafogo, na Taça Rio, perdeu um pênalti e viu o Vasco ser derrotado por 3 a 1 pelo Alvinegro. Teve o seu salário de R$ 50 mil por jogo e R$ 10 mil por gol questionado internamente pelos conselheiros do clube. Na ocasião, o camisa 8 mostrou-se chateado, mas quase que instantaneamente recebeu apoio do presidente Roberto Dinamite. Na partida contra o Libertad-PAR, em São Januário, Juninho teve grande atuação. Marcou um gol e conduziu o Vasco até a vitória. Saiu de campo ovacionado pelos cruzmaltinos.