Após três gols sobre o Vasco, meia é discreto em seu segundo clássico, porém finaliza quatro vezes e ajuda marcação constantemente na esquerda
Não é à toa que Oswaldo de Oliveira bate na tecla da obediência tática de Fellype Gabriel. O meia faz parte da trinca de armadores do time do Botafogo, mas tem arrumado tempo para defender com o mesmo fôlego. A eficiência espetacular do jogo contra o Vasco, quando marcou três gols, não se repetiu em seu segundo clássico com a camisa alvinegra, neste domingo, diante do Fluminense. Ainda assim, a participação foi importante, enaltecida por seu treinador e até quase decisiva na parte final do duelo.
Discreto, o camisa 11 ocupou seu setor vigiado pelo lateral Bruno. Inicialmente, Fellype pouco saía da esquerda e raramente era acionado. Aos 29 minutos, deu bom chute, porém, defendido por Cavalieri. Então, a dobradinha com Márcio Azevedo começou a surgir. A cobertura de Marcelo Mattos raramente foi necessária por causa do esforço do meia em retornar para evitar os cruzamentos.
Coadjuvante desta vez, Fellype Gabriel afaga Elkeson após o gol do Bota (Foto: Fernando Soutello/AGIF)
Minutos antes do fim da etapa, uma pancada de Wellington Nem na cabeça novamente preocupou. Mas, após o atendimento, Fellype voltou com a mesma intensidade - frente ao Volta Redonda, no início de março, um choque o levou ao hospital e o fez perder duas partidas.
Na volta do intervalo, uma mudança: inverteu de lado com Elkeson e, pela direita, foi mais efetivo, nas costas de Carlinhos. Dividiu espaços com Herrera, já que Jobson entrou para ser a referência. Parou para beber água duas vezes, sentiu o cansaço, porém não pediu para sair. Ainda havia algo guardado. O meia cresceu na reta final da partida, aos 38 bateu falta de perto da meia-lua na barreira e, aos 44, obrigou o goleiro a fazer grande defesa, depois de falha da defesa, dentro da área. Foram quatro finalizações e três assistências.
- Fellype se habituou a essa consciência, do ponto de vista tático ele me agrada inteiramente. Realmente o esforço feito é visível, é um jogador importante, mesmo quando não faz gols. E ainda haverá um crescimento gradativo ao longo da temporada. A expectativa é otimisa pelo que o Fellype pode trazer ao Botafogo - afirmou Oswaldo, que já declarou que gostaria que o elenco do Glorioso tomasse o companheiro como exemplo.
O Alvinegro encara, agora, o Guarani, quarta-feira, em Campinas, pela Copa do Brasil. No domingo, o rival é o Friburguense, no Engenhão, pela sétima rodada da Taça Rio.