Vice-campeão da Copa do Brasil, meia detalha em que o Vitória acertou em 2010. Queda na decisão foi para o Santos de Neymar, Robinho e Ganso
Elkeson ainda vive um processo de amadurecimento, aos 22 anos, e conhece diariamente os altos e baixos do futebol. De convocado à Seleção Brasileira por conta de grandes atuações pelo Botafogo, ao jejum de gols que lhe renderam vaias, o meia pode se gabar de conhecer a fundo o caminho para o sucesso na Copa do Brasil, algo que o clube carioca tenta decifrar há um bom tempo. Em 2010, pelo Vitória, foi vice-campeão e identificou o que é preciso para repetir o feito, comparando o espírito do elenco alvinegro ao do rubro-negro na ocasião.
- Vejo a humildade do grupo, bem ciente do que fazer numa competição difícil como essa. Começamos empatando fora e conseguindo as vitórias dentro de casa. A confiança foi crescendo. Se trouxermos ao menos o empate de Campinas (quarta, contra o Guarani) e formos mais ousados aqui no Rio, vamos sempre passar de fase. O Botafogo precisa ter esse pensamento e não pode tomar gols na nossa casa. Se possível, não bobear mais aqui - ensina o camisa 9, em referência à quase eliminação para o Treze-PB, após duas igualdades.
Com a fórmula da Copa do Brasil, Elkeson faz força em treino do Botafogo (Foto: Cezar Loureiro / O Globo)
Embora respeite a tradição e garanta que o Glorioso vai lutar até o fim no Carioca, Elkeson não tem dúvidas ao confessar que a Copa do Brasil representa algo diferente para diretoria e torcida, por levar à Libertadores e poder acabar com o gosto amargo da reta final do último Brasileirão. Rivais como Grêmio, Cruzeiro, Palmeiras e São Paulo são os principais obstáculos.
- Nosso pensamento é conseguir esse título tão sonhado. Sabemos que é difícil, já tive aquela de chegar à decisão e perdemos para o Santos, que tinha Neymar, Robinho, Ganso... Que esse ano seja diferente. Ser campeão com certeza daria uma motivação diferente no Campeonato Brasileiro e uma guinada na carreira de muitos - destaca.
O meia aposta em uma curiosidade para confundir o adversário e tirar vantagem: sua fase de gols de pé esquerdo em 2012, que se confimou contra o Fluminense, no último domingo:
- Foi um jogo em que procurei me concentrar bastante, fazer o que é certo na partida. Acho que tenho tido sorte com a canhora, todos os meus três gols contra eles foram assim.