Botafogo quer mostrar que não é cavalo paraguaio
Em terceiro no Brasileirão, time não pode ficar pelo caminho
Jogadores festejam sequência de vitórias sob o comando de Ney Franco
Danilo Santos RIO DE JANEIRO
Carlos Monteiro RIO DE JANEIRO
Pouco mais de três meses após estrear no Brasileiro sob o olhar desconfiado do torcedor, abatido com a perda do Estadual pela segunda vez consecutiva para o Flamengo, o Botafogo trocou o perigoso namoro com a Segundona, na época de Geninho, por uma vaga no seleto G4. Resta saber, no entanto, se o Glorioso é verdadeiramente umreal candidato ao título ou apenas mais um cavalo paraguaio.
A mesma dúvida tem as torcidas de Grêmio, Cruzeiro, Palmeiras, São Paulo, Coritiba, Vitória, Flamengo e Internacional, todos, assim como o Botafogo, na luta pelo título de campeão brasileiro.
A favor do Alvinegro, contam o espetacular retrospecto alcançado fora de casa após a chegada de Ney Franco (61,1% de aproveitamento), a invencibilidade de nove jogos e a manutenção de uma base que atua junta há dois anos. Além da evolução técnica e tática, o Fogão conta ainda com a sorte de Ney Franco. Contra o Palmeiras, por exemplo, escalou Leandro Guerreiro e deixou Zé Carlos no banco. O titular saiu lesionado e o reserva entrou para fazer o gol da vitória de 1 a 0 sobre o time paulista.
O indício de que o Botafogo não ficará pelo caminho tem razão de ser. Até agora, nenhum outro time conseguiu seis vitórias consecutivas. Outro dado importante é a defesa praticamente intransposível. Nos últimos oito jogos, ela foi vazado apenas uma única vez.
Enquanto outros times sofrem com perda de jogadores, o Botafogo, além de manter a base de quase dois anos, ainda corre atrás de reforços.
Em casos dos atacantes Thiago Ribeiro e Zárate, que nem sequer foi regularizado, e do zagueiro Emerson, que deve ser apresentado semana que vem.
– Estamos ganhando corpo de campeão. Mas ainda não o temos totalmente. Isso dará para saber somente no fim do campeonato, se vierem os bons resultados nos jogos mais difíceis. Para isso, continuaremos a jogar de forma ofensiva – garante Wellington Paulista.
Para os alvinegros, cavalo paraguaio são os outros.