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Em conversa, Bebeto e Montenegro acenam com paz política

Em conversa, Bebeto e Montenegro acenam com paz política

Dirigentes se mostram dispostos a discutir um nome de consenso para as eleições presidenciais do Botafogo

Gustavo Rotstein Rio de Janeiro

Arquivo/O Globo
Bebeto e Montenegro buscam entendimento político para as eleições de novembro

Depois de alguns dias trocando farpas via imprensa e notas oficiais, os dirigentes do Botafogo decidiram levantar a bandeira preta e branca da paz. Uma conversa por telefone entre Bebeto de Freitas e Carlos Augusto Montenegro nesta sexta-feira parece ter colocado nos eixos a política do clube, que andava conturbada desde o anúncio de uma chapa com o nome de João Pedro Figueira como candidato à presidência nas eleições de novembro.

A decisão de Montenegro de formar a chapa com João Pedro e os principais colaboradores da gestão de Bebeto de Freitas fez o presidente emitir nota oficial deixando claro que esta não é o grupo da situação. O atual vice de futebol se irritou, e deixou claro que a decisão estava tomada, independentemente do apoio do mandatário. Em seguida, foi a vez de Bebeto ressaltar a preocupação com a influência negativa da política no histórico do clube. Montenegro, que é ex-presidente, rebateu, dizendo que essa mesma política deu ao Alvinegro o título de 1995. Mas nesta sexta ambos conversaram, começando um entendimento que pode levar à união.

O nome de João Pedro Figueira não é consenso entre alguns nomes do clube, e Montenegro se diz aberto a ouvir Bebeto em relação a isso. - Se encontrarem alguém que agrade a todos, não tem problema algum. O nome em comum era o do Manoel Renha, mas ele não quis. Acontece que até agora ninguém deu uma alternativa à indicação do João Pedro. Caso surja um outro candidato, sei que ele não terá problema um cargo de vice, por exemplo. Conversei com o Bebeto, e está tudo em paz - afirma Montenegro ao GLOBOESPORTE.COM.

O dirigente, inclusive, tem uma reunião marcada para esta segunda-feira com integrantes do Movimento Carlito Rocha, corrente política que apóia Bebeto desde seu primeiro mandato e é contra a candidatura de João Pedro Figueira. Montenegro também já teve conversas com Antônio Carlos Mantuano, opositor do atual presidente nas últimas eleições, que lidera um outro grupo. Ricardo Rotenberg vem se esforçando para conseguir a união entre os comandantes alvinegros.

O dirigente, que foi responsável pelas principais contratações da temporada, acredita que a paz será consolidada até 15 de outubro, último dia para a inscrição das chapas. - Agora vou me dedicar a ajudar o Botafogo a chegar a um nome consenso. Pode ser o João Pedro, mas não necessariamente ele. Minha tarefa será formar um grupo unido, pois o clube não pode sair derrotado nessa história. Tenho certeza de que, até lá, Bebeto e Montenegro estarão na mesma chapa - diz Rotenberg, que é um nome que não está descartado como de consenso para as eleições.