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Com gols de pênalti, Criciúma e Bota empatam e seguem ameaçados

Alvinegro, muito desfalcado, sai na frente, mas não resiste à pressão. Tigre teve gol mal-anulado no segundo tempo, em noite inspirada de Jefferson

 

Por Rio de Janeiro
  • no fogo
    personalidade
    Os desfalques obrigaram o Bota a apostar no jovem zagueiro Matheus Menezes. O jovem correspondeu e foi quem mais desarmou no jogo: 10 vezes.

  • ataque x defesa
    finalizações
    O Criciúma finalizou 19 vezes, contra apenas 7 do Bota. Porém, criou somente três chances reais de gol, contra duas do time alvinegro em todo o jogo.

  • Chuveirinho
    bolas na área
    Foram 28 bolas levantadas na área do Bota. No entanto, o Tigre foi pouco efetivo e cabeceou só 3 vezes. A única que levou perigo foi de Lucca, no travessão.

Não foi desta vez que o Botafogo voltou a vencer, tampouco foi agora que o Criciúma saiu da zona do rebaixamento. Na noite deste sábado, no Heriberto Hülse, o Tigre até pressionou bastante, mas esbarrou na ótima atuação do goleiro Jefferson, em um erro da arbitragem - que anulou gol legal de Paulo Baier no segundo tempo - e na falta de criatividade de seus atacantes. O placar de 1 a 1 foi ruim para os dois times, que não conseguem respirar no Campeonato Brasileiro e continuam ameaçados pela queda. Zeballos e Paulo Baier, ambos de pênalti, fizeram os gols da noite.

Para a equipe carioca o resultado acabou sendo melhor. Além de ter atuado fora de casa, o Alvinegro foi a campo sem cinco titulares, todos suspensos. Esfacelado, atuou com improvisações e suportou enorme pressão durante os 90 minutos. O ponto conquistado o deixou com 23, encerrando a noite fora da zona do rebaixamento, em 15º lugar. No entanto, pode voltar ao Z-4 após a conclusão da rodada no domingo.

Zeballos do Botafogo RJ e Rodrigo Souza do Criciúma (Foto: Fernando Ribeiro / Ag. Estado) 
 
O alvinegro Zeballos disputa bola com Rodrigo Souza, volante do Tigre (Foto: Fernando Ribeiro / Ag. Estado)
 
Sair da zona do rebaixamento era o que o Criciúma apostava em conseguir diante de seus torcedores. O time, com força máxima, até teve o controle do jogo, o qual terminou com 70% da posse de bola. Porém, perdeu alguns gols fáceis, abusou muito dos cruzamentos e deixou o campo revoltado com o gol mal anulado de Paulo Baier aos 27 da segunda etapa, quando o placar já apontava 1 a 1. O Tigre tem os mesmos 23 pontos do Botafogo, mas leva a pior nos critérios de desempate e é o 18º colocado. Se Vitória e Palmeiras vencerem no domingo, termina na lanterna.

Os dois times voltam a campo no meio de semana, pela 24ª rodada do Brasileirão. Na quarta-feira, às 19h30, o Criciúma vai até Porto Alegre enfrentar o Internacional, no Beira-Rio. No dia seguinte, no mesmo horário, o Botafogo encara o Goiás, no Maracanã.

Quem não faz...

Assim que a bola rolou, o Botafogo deixou claro qual seria sua postura: ficar fechado, esperando o Criciúma e apostando em esporádicos contra-ataques puxados por Rogério ou Wallyson. O Tigre, empurrado pelo torcedor, foi ao ataque. Teve 70% de posse de bola no primeiro tempo e superioridade em quase todas as estatísticas. Levantou 14 bolas na área contra duas dos visitantes. Finalizou nove vezes, contra cinco dos cariocas. Os números, no entanto, não se transformaram em gol. Faltou criatividade aos mandandes. No lance mais perigoso, Lucca cabeceou no travessão, aos 27 minutos. Coube a Jefferson, então, mostrar por que é titular também da Seleção. Fez, com as mãos, primoroso lançamento para Wallyson aos 35. O atacante correu todo o campo de ataque até ser derrubado na área por João Vitor. Pênalti, que Zeballos bateu com força para abrir o placar.


Água mole em pedra dura...

O Criciúma voltou para o segundo tempo com Cortez no lugar de Giovanni. O lateral, ex-jogador do Botafogo, deixou o time mais agressivo e veloz. Logo no primeiro minuto, Silvinho perdeu chance incrível na frente de Jefferson, que fez defesa espetacular. Pouco depois, Paulo Baier entrou no Tigre. O veterano deu mais qualidade ao toque de bola catarinense. Com ele, subiu de produção Cleber Santana e a pressão aumentou. Aos 23, Bolatti derrubou Lucca na área. Pênalti bem cobrado por Paulo Baier, que quatro minutos depois também correu para festejar outro gol, mas a arbitragem marcou impedimento inexistente. A pressão prosseguiu até o fim, mas a defesa alvinegra se portou bem e cortou a maioria das 28 bolas que o Tigre levantou contra sua área.