"Desigualdade" é a razão para a CBF não usar a tecnologia da linha do gol
Vice-presidente da Comissão de
Arbitragem, Nilson de Souza Monção diz que tecnologia não é usada nos
estádios por "questão administrativa"
O árbitro adicional de linha de fundo não viu que a bola chutada por Esquerdinha contra a meta do goleiro Vladimir ultrapassou a linha do gol, na derrota do Goiás por 2 a 0 para o Santos, no fim de semana. Mas a tecnologia deixada pela Fifa no Brasil após a Copa do Mundo poderia facilmente validar o gol do jogador esmeraldino.
Com equipamento instalado apenas nas 12 Arenas que foram utlizadas
durante o Mundial, a CBF optou por não usar o sistema tecnológico
durante a disputa do Campeonato Brasileiro. Para não haver desigualdade,
segundo o vice-presidente da Comissão de Arbitragem, Nilson de Souza
Monção.
- Essa é uma questão administrativa. Temos 12 arenas com as câmeras,
neste legado deixado pela Fifa. Só em São Paulo temos quatro estádios,
mas só um tem esse sistema, a Arena Corinthians (...) Poderá ser usada
se for determinado pelo comando da CBF, por enquanto temos apenas o
legado deixado pela Fifa. O pensamento da Comissão da Arbitragem é que
tem que ter uma igualdade, não é justo um estádio ter esse equipamento e
outro não - destacou Monção, no "Redação SporTV".
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Segundo reportagem da "Folha de S.Paulo", a CBF teria de desembolçar R$ 638 mil para instalar o equipamento nos demais estádios que são usados na Série A - cerca de 30. Além disso, há um gasto de R$ 10 mil por jogo, mas a Fifa havia prometido que arcaria com esse custo pelo período de um ano após a Copa - o que não foi preciso.
- O uso da tecnologia é muito bem-vindo, pelos árbitros e pela
Comissão. Mas no nosso campeonatot tivemos 250 partidas da Série A e só
uma com fato de bola que entrou ou não. Isso aconteceu só uma vez -
minimizou Monção.
Esquerdinha fez um gol pelo Goiás, mas a arbitragem não viu (Foto: Reprodução / PFC)