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Comportado, Jobson convence o Bota em uma semana e deve jogar quinta

Ideia da comissão técnica do Alvinegro é escalar o atacante, que vai usar a camisa 10, de 15 a 20 minutos na partida contra o Goiás, no Maracanã

Por Rio de Janeiro
Jobson treino Botafogo (Foto: Vitor Silva / SSPress)Jobson no treino do Botafogo (Foto: Vitor Silva / SSPress)
Depois de mostrar empenho e levar muitas dificuldades à defesa adversária, Jobson treinou entre os titulares nos últimos 10 minutos do coletivo realizado na manhã de terça-feira, exatamente uma semana depois de ser reintegrado ao elenco principal do Botafogo. A boa impressão causada na comissão técnica resultou também em outra decisão relâmpago: relacionado para a partida contra o Goiás, ele vai ficar no banco.

A programação é que jogue de 15 a 20 minutos, de acordo com as circunstâncias do jogo desta quinta-feira, às 19h30 (de Brasília), no Maracanã.

A convocação de Vagner Mancini é uma espécie de premiação pelo esforço de alguém que em pouco tempo conseguiu impressionar pela dedicação. Além disso, aparece como uma opção que agrada aos torcedores em meio à má fase da maioria dos atletas da posição.

Quando confirmou a reintegração de Jobson, Vagner Mancini deixou claro que tratava-se apenas do início de um processo de avaliação física, técnica e comportamental. Em uma semana, os relatos de pessoas que convivem com o atacante no dia a dia do Botafogo são de que ele foi aprovado com méritos em todos os aspectos. Desde a última sexta-feira, Jobson passou a morar na concentração de General Severiano. E por vontade própria. O objetivo é manter-se focado para voltar a jogar pelo Botafogo, controlar a alimentação e as horas de sono.

Mesmo nos treinos mais simples, Jobson tem mostrado dedicação de final de Copa do Mundo. Nos últimos dias, integrantes da comissão técnica têm pedido para que o atacante de 26 anos diminua a carga de esforço, já que temem alguma lesão por conta do longo período de inatividade. O jogador já perdeu três quilos e tem mostrado pontualidade e respeito aos horários. Na última quinta-feira e nesta segunda, por exemplo, foi o primeiro a aparecer no campo anexo do Engenhão, cerca de 30 minutos antes dos demais.
Jobson treino Botafogo (Foto: Satiro Sodré / SSPress)

Jobson perdeu peso desde que retornou ao Botafogo (Foto: Satiro Sodré / SSPress)


Jobson ainda vai vestir a camisa 10 – sem dona desde a saída de Jorge Wagner –, o que indica mais responsabilidade e, ao mesmo tempo, o tamanho da expectativa do clube por seu desempenho neste retorno. Aliás, o comportamento do atacante pós-estreia tem sido motivo de atenção daqueles que o rodeiam. Por isso, o gerente alvinegro Wilson Gottardo tem sido a pessoa mais próxima, mostrando a todo momento a necessidade de manter o comprometimento e não perder o foco, deixando de lado as tentações que o prejudicaram até então.

– Desde que o Jobson voltou ao Botafogo, várias pessoas já tentaram se reaproximar dele. São propostas de assessoramento e outras coisas do tipo. É importante mantê-lo distante de tudo isso – afirmou uma pessoa próxima ao jogador, que também é acompanhado de perto por Rodolpho Cezar, seu advogado.

Os jogadores do Botafogo também têm sido agentes importantes na tarefa de fazer Jobson desenvolver seu futebol. Vizinho do atacante no Engenhão, já que seu armário fica ao lado do de  Jobson, o volante Gabriel prevê que o companheiro será fundamental para o grupo na reta final do Campeonato Brasileiro.

– Procuro conversar com ele no vestiário, ressaltando que precisa se concentrar e jogar bola, porque é um grande jogador e vai nos ajudar muito. O Jobson sabe que precisa de nós, e nós precisamos dele. Por isso queremos que volte bem – frisou.

Advogado afirma que não há restrições para escalações

Quando estava no Al-Ittihad, Jobson teve o contrato rescindido sob a alegação de que supostamente teria se recusado a fazer um exame antidoping, o que poderia lhe render uma punição de até quatro anos, como divulgou Comitê Antidoping da Arábia Saudita no dia 25 de março. O advogado do atacante, Marcos Motta, afirmou que não há risco caso ele seja escalado pelo Botafogo.

– Não há restrição nenhuma. Isso está sendo contestado na Fifa, já que não há documentação nenhuma sobre o caso – disse.