STJD denuncia Sheik e atacante pode não jogar mais no Brasileirão em 2014
Além das críticas à CBF, Emerson ainda responderá por ter xingado o árbitro mineiro Igor Benevenuto e por jogada violenta, no lance que causou sua expulsão
Emerson Sheik pode não jogar mais em 2014. A Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva confirmou, na noite desta quinta-feira, a denúncia ao atacante do Botafogo. Diferente do que o próprio Paulo Schmitt, Procurador Geral do STJD, havia afirmado mais cedo, a pena máxima que ele pode receber não é mais de apenas 12 jogos. Enquadrado em três artigos, Emerson pode pegar um gancho de 18 partidas no Brasileirão. O Botafogo ainda tem 16 jogos a fazer no campeonato nacional e isso tiraria Sheik do restante da edição deste ano e das duas primeiras rodadas do Brasileirão de 2015. Ele ainda estaria livre para atuar na Copa do Brasil.
Emerson Sheik faz crítica olhando para câmera de TV (Foto: André Mourão / Ag. Estado)
Os
advogados do Botafogo frequentarão assiduamente o tribunal do STJD na
próxima semana. Além do atacante Emerson, eles ainda terão que defender o
meio-campo Luiz Ramírez e o lateral-esquerdo Julio Cesar, ambos
expulsos no mesmo jogo que Sheik, contra o Bahia, pela 22ª rodada. Se
junta ao trio o volante Aírton, que foi denunciado na última
quarta-feira, no artigo 254-A (praticar agressão física), pelo lance de
sua expulsão contra o São Paulo, na 20ª rodada, quando pisou na cabeça
do atacante Alexandre Pato. Ele pode pegar gancho de 12 jogos.
Entenda o caso
Na
partida pela 22ª rodada do Brasileirão contra o Bahia, Emerson, por
duas vezes, foi até às câmeras do Premiere, que transmitia a partida, e
mandou recados à CBF, chamando a entidade de "vergonha". Isso ocorreu
após o jogador ser advertido com o cartão amarelo e depois com o
vermelho, após uma dividida com o volante baiano Uelliton.
Na tarde desta quinta-feira, Sheik deu uma entrevista coletiva,
onde explicou seu desabafo contra a entidade máxima do futebol
brasileiro e culpou os erros de arbitragem para sua atitude. Ele ainda
afirmou que está com a consciência tranquila de que não "falou nada
demais."