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Astral de Loco Abreu após trinca de gols sobre o Bangu contagia elenco

Jogadores enaltecem veia decisiva do atacante uruguaio, que fez trabalhos em separado ao longo das últimas semanas e vivia fase irregular no ano

Por André Casado Rio de Janeiro


Nada como três gols de uma vez só, que valem classificação para a final e que podem pôr fim a um período de irregularidade que vinha incomodando um ídolo do Botafogo. Loco Abreu está mais leve, e os jogadores comemoram o retorno triunfal do artilheiro com quem sempre contaram. Na saída do campo, após o 4 a 2 sobre o Bangu, sábado, no vestiário e já na tarde de trabalho desta terça, no Engenhão, muitos contam que a alegria estava estampada no rosto do camisa 13 .

Mesmo quem o conhece pouco, já notou que a cobrança pessoal é grande. O uruguaio não está acostumado a perder ou vacilar - e se aborrece quando isso acontece. Agora, a expectativa é de não deixar a bola cair e tentar manter a fama de carrasco diante dos cruz-maltinos. Loco já marcou quatro vezes sobre o time, hoje dirigido por Cristóvão Borges, e costuma se dar bem, como eu seu primeiro troféu com a camisa alvinegra: a Taça GB de 2010.

- Ele está muito feliz, agradeceu a todos. Mas, nesta segunda, só cruzei rapidinho. Não lembro de um jogador ter feito três gols numa semifinal. Loco é um cara que se cobra muito, não foge da responsabilidade. E tudo com ele tem tomado proporções maiores, às vezes erradas. Mas provou que é decisivo, jogo assim é o que ele gosta - afirmou Andrezinho, autor de duas assistências para cabeçadas do capitão, contra o Alvirrubro, além de outras duas na temporada.

Loco abreu botafogo gol bangu semifinal taça rio (Foto: Fábio Castro / Agif) 
 
Loco Abreu vibra com um dos três gols marcados no último sábado (Foto: Fábio Castro / Agif)
 
- Por onde passei, sempre fui um jogador de dar este tipo de passe. Ele se posiciona bem, conversamos sobre onde vai estar e gosta de estar, dependendo da defesa adversária. Isso facilita, mas o importante é que não é só o Loco. Fellype Gabriel e os zagueiros também têm força nessa jogada, abrem espaço e preocupam - reforçou o camisa 10.

O lateral Lucas ressalta que, apesar de brincalhão, a seriedade e o profissionalismo do atacante não costumam mudar, ainda que a fase seja negativa e o período de atividades seja em separado em alguns dias, como ocorreu no mês de março, em um recondicionamento físico e técnico.
- Quando faz ou não faz gol, a postura é quase sempre a mesma coisa. Ficamos muito felizes por contar com os gols de novo. É um cara que vai nos ajudar muito no Campeonato Brasileiro e nessas retas decisivas, porque é líder e sabe mexer com os companheiros - apontou.

- Muitos focaram no pênalti perdido, mas o que importa é o que ele fez. Acabou resolvendo a semifinal para a gente. Fui o último a entrar no vestiário, mas felicidade era clara - disse o meia Fellype Gabriel, que fez questão de dar um abraço no parceiro em todos os gols.