Ney Franco valoriza competição continental e faz minucioso plano de viagem a Cáli, onde enfrentará o América
Determinado, Ney prepara o time para conquistar o título da Sul-Americana (Crédito: Cléber Mendes)
Com apenas um título internacional - a Copa Conmebol de 1993 -, o Botafogo mergulha de corpo e alma na Sul-Americana para pôr fim ao jejum. Tanto que Ney Franco deseja levar força máxima a Cáli para enfrentar o América, na quarta-feira, pelas oitavas-de-final da competição continental.
Nem mesmo a distância de quase dez mil quilômetros para ir e voltar da Colômbia fizeram o treinador mudar de opinião. Candidato ao título, e mais ainda a uma vaga na Copa Libertadores do ano que vem, a pergunta se faz necessária: não seria melhor, como habitante do G4, priorizar o Brasileiro? Indiferente ao tema, Ney preparou minucioso planejamento para a viagem a Cáli. No sábado, após o treino, o Botafogo segue para São Paulo, onde no domingo enfrenta a Portuguesa, pelo Brasileirão.
Na segunda-feira, às 8h30 (horário de Brasília), a delegação alvinegra embarca para Bogotá. Chega lá às 14h20, onde segue para Cáli. A chegada na cidade do jogo deverá ocorrer somente às 17h05.
- Se vencermos os jogos, as viagens serão mais fáceis, nem sentiremos cansaço. Ruim é trabalhar depois de uma derrota - justifica-se o técnico Ney Franco.
Entre os jogadores, a motivação é a mesma para disputar a Sul-Americana e o Brasileiro. Tanto que muitos deles pediram para enfrentar o América, na quarta-feira, sem se importar com o decisivo jogo contra a Portuguesa, no domingo, e a desgastante viagem a Cáli.
- Sou a favor de jogarmos com os titulares na Sul-Americana. É uma boa oportunidade para buscarmos o título. Neste fim de temporada, o desgaste é grande, mas o Botafogo tem profissionais capacitados para decidir e nos dar respaldo - assegura o zagueiro Renato Silva.
Para montar todo o planejamento da viagem, o Botafogo mandou dois representantes a Cáli. Coordenador, Márcio Touson ficou encarregado de analisar as condições da cidade e de preparar toda a logística. Já Éder Bastos, auxiliar de Ney Franco, foi o responsável pela análise técnica do adversário de quarta-feira.
- Gostei muito do que vi. Acredito que não teremos o menor problema. Será desgastante, mas nada do outro mundo - comentou Márcio.