Cansaço e parte psicológica não são desculpas para o empate, diz Ney
Para treinador, time não pode criar fantasma de levar gols nos últimos minutos e nem se queixar de desgaste por causa da Sul-Americana
Marcio Iannacca
Rio de Janeiro
O técnico Ney Franco preferiu não dar desculpas ao falar do empate do Botafogo em 1 a 1 com o Fluminense (acompanhe os melhores momentos no vídeo ao lado), neste sábado, no Engenhão. Para o treinador, os jogadores e a comissão técnica não podem atribuir o tropeço diante do Tricolor das Laranjeiras ao cansaço pela longa viagem à Colômbia para o confronto pela Sul-Americana, e à rotina de sofrer gols nos últimos minutos dos jogos.
O treinador fez questão de explicar cada situação em sua coletiva após o empate com o Fluminense. Para Ney, o Botafogo não pode deixar que os gols no fim das partidas se tornem uma coisa normal.
- É difícil falar em parte psicológica. A gente não pode criar fantasmas em cima disso e achar que tudo é problema psicológico. Não adianta começar a achar que o Botafogo tem problema emocional por levar os gols no fim das partidas. Pecamos contra o Fluminense da mesma maneira que aconteceu contra o Vasco - diz o treinador.
Mesmo ciente de que o Botafogo havia feito uma viagem desgastante até Cáli, na Colômbia, na última quarta-feira, o treinador preferiu não colocar a culpa no cansaço. Para ele, o time se portou muito bem no confronto realizado no Engenhão.
- O cansaço físico não teve nenhuma influência com o empate. As substituições tiveram um aspectos diferentes. Apenas o Luciano Almeida saiu por causa da parte física. Ele não suportava o segundo tempo. O Túlio foi mais por ordem médica do que por cansaço, ele passou mal no intervalo e saiu por um problema orgânico. E o Carlos Alberto foi uma substituição tática. Eu queria colocar um atacante de maior força física no ataque, pois a gente tinha um jogador a mais - explica Ney Franco.