Com ar de nostalgia, Pacaembu abre as portas do Museu do Futebol
Rei Pelé e outros ex-craques marcam presença na inauguração
Julyana Travaglia
São Paulo
O Pacaembu costumava ser sua segunda casa, como ele mesmo gosta de dizer. Mas o retorno de Roberto Rivellino ao estádio paulistano, na noite desta segunda-feira, trouxe um toque de nostalgia ao eterno ídolo corintiano. Na festa de inauguração oficial do Museu do Futebol, o ícone do clube que tem a maior torcida em São Paulo não escondeu a emoção de rever o velho palco de tantos dribles.
- Aqui é a minha segunda casa. Em 1964, nasci para o futebol jogando nos aspirantes do Corinthians e, quando volto, lembro de toda a história que vivi – recorda-se o ex-camisa 10 do Timão.
O Museu do Futebol é uma iniciativa do Governo do Estado e da Prefeitura de São Paulo, com concepção e realização da Fundação Roberto Marinho. Todo o projeto e a execução custaram R$ 32,5 milhões, sendo que R$ 13 milhões foram investimentos do poder público. A obra contou com 680 profissionais e demorou um ano e meio para ficar pronta.
Além de autoridades, a presença de ex-atletas que ajudaram a tornar o Pacaembu um dos palcos mais memoráveis do futebol brasileiro também estiveram presentes. E Pelé, que tem uma exposição itinerante no local, não deixou de prestigiar a inauguração.
- Esta camisa da Copa de 1970 que está aqui tem significado e história muito especiais. É muito bom vê-la aqui.
Outro que se emocionou foi Ademir da Guia, ícone da história do Palmeiras. Logo que entrou no Museu do Futebol, o ‘Divino’, como ficou conhecido, afirma que fez uma viagem no tempo.
- Poder vir a este museu é motivo de muito orgulho e alegria. Logo que entrei, lembrei da minha infância, de Zizinho, Ademir de Menezes, Barbosa e tantos outros ídolos que vi passar por aqui. Eles não podem ser esquecidos – cobra o ex-atleta.