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Por Gilmar Ferreira




Como dizer para o torcedor vascaíno que seu time perdeu para o Americano, em São Januário, porque ainda está em montagem e não porque é ruim?


Como explicar para os botafoguenses que será preciso ter paciência e dar um voto de credibilidade a Ney Franco quando Maicosuel não puder resolver as partidas?


Como devolver aos tricolores, depois de uma derrota de virada para a Cabofriense, a expectativa criada pelo fato de o clube ter o melhor elenco entre os quatro grandes do Rio?


E como dizer aos rubro-negros que a vitória obtida sobre o Friburguense com a ajuda da arbitragem pode ter sido um indício de que o time continua irregular?


Enfim, como se vê, não são poucas as incertezas.


Assim sendo, após a primeira rodada do Carioca de 2009, recomendo cautela nos julgamentos.

Botafogo 2 x 1 Boavista O novo time alvinegro é, de fato, mais fraco do que o dos últimos dois anos. Mas o mais importante o clube já conseguiu: uma boa referência.


O 10 Maicosuel não tem o estilo vistoso de Lúcio Flávio, o carisma de Dodô e a esperteza de Zé Roberto.


Carrega, porém, um pouco das três valências: sabe jogar, esbanja confiança e não é bobo.


Juninho e Leandro Guerreiro terão a missão de liderar o time e já se percebe o padrão que Ney Franco tenta dar ao time.


A atuação no jogo em Bacaxá não foi de encher os olhos, com altos e baixos preocupantes, e seria absolutamente normal ter voltado sem um pontinho sequer. Principalmente, com uma arbitragem confusa que uma vez ajudava, noutra prejudicava o time.


Foi bom ver os jogadores emocionalmente equilibrados e os três pontos alcançados no final do jogo talvez tenham vindo como prêmio.


Será preciso, no entanto, que a torcida alvinegra saiba enxergar que o trabalho está apenas começando _ e, pelo que pôde ser visto, não será fácil.