Adriano é aguardado na delegacia de Brás de Pina para novo depoimento
Jogador recebeu nova intimação na noite de quarta-feira e pode ser detido caso não apareça
Rio - O jogador Adriano é aguardado até as 14 horas desta quinta-feira na 38ª DP (Brás de Pina) para prestar novo depoimento em outro inquérito da Polícia Civil. Na noite de quarta-feira, o jogador recebeu outra intimação e, caso não compareça, será detido e conduzido à delegacia. A ordem para que Adriano fale na 38ª DP é do delegado Rodrigo Oliveira, diretor do Departamento de Polícia da Capital.
Foto: Carlos Moraes / Agência O Dia
O Ministério Público do Rio pedirá à Justiça a quebra do sigilo telefônico e bancário do jogador Adriano, por considerar como 'gravíssimos' os fatos que põem o jogador como suspeito e que há fortes indícios de que ele tenha repassado dinheiro ao traficante Fabiano Atanásio da Silva, o FB, líder do Comando Vermelho, como O DIA noticiou com exclusividade esta semana.
Depois de mais de duas horas, Adriano deixou, na tarde desta quarta-feira, a sede do Ministério Múblico, no Centro do Rio. O Imperador prestou depoimento sobre o inquérito que apura o jogador posando de atirador e fazendo gestos com as iniciais de uma facção criminosa.
O jogador chegou por volta das 14h. O prédio onde funciona o MP do Rio foi fechado, pouco antes da chegada dele, para que os jornalistas não tivessem acesso. A sede, que fica na Rua Nilo Peçanha, é um prédio comercial, onde existem outros escritórios e um cartório.
Durante depoimento, Adriano foi questionado sobre o nível de relacionamento com FB; se manteve contatos telefônicos com ele; se entregou qualquer quantia em dinheiro, bem ou valor a FB; se fez uma retirada de R$ 60 mil, em dezembro de 2009, e repassou a quantia a FB; se frequenta o complexo da Penha; se conhece algum traficante que explora o comércio de entorpecentes; e se já colaborou, direta ou indiretamente, com o Comando Vermelho.
O promotor também perguntou a Adriano que motivos o levaram a posar para fotografias fazendo gestos que representam as iniciais do Comando Vermelho, como publicou o jornal O Dia; se vinha sendo vítima de crime de extorsão e se poderia identificar o autor das ameaças; o que era exigido e se houve comunicados em relação ao ocorrido às autoridades policiais. O atacante respondeu, ainda, se possuía armas de fogo, se tem programada alguma viagem para o exterior e por que não compareceu à 38ª Delegacia de Polícia para prestar esclarecimentos.