Portuguesa vence no Canindé, sai da lanterna e tira o Botafogo do G-4
Edno marca duas vezes e acaba com jejum de oito jogos sem vitórias
Gustavo Rotstein São Paulo
O Botafogo entrou em campo com a missão de derrotar a Portuguesa e secar o Cruzeiro, que enfrentava o Figueirense em Florianópolis, para subir na tabela. A julgar pelas primeiras etapas, até que tudo dava certo, mas o final não foi nada feliz. Derrota por 3 a 1 no Canindé, em partida válida pela 26ª rodada do Brasileirão, e triunfo da Raposa no Orlando Scarpelli.
Edno, duas vezes, e Fellype Gabriel marcaram os gols da Portuguesa, que deixou ultrapassou Ipatinga e Fluminense e deixou a lanterna. Agora é 18º, com 25 pontos. Wellington Paulista descontou para o Alvinegro, que foi superado pelo São Paulo e está fora do G-4, em quinto, com 42 pontos.
Fogão sai na frente
Por causa da situação delicada na tabela, a Portuguesa começou a partida de forma cautelosa, procurando se fechar na defesa. O Botafogo tentou se impor tomando a iniciativa do ataque. No entanto, a equipe tocava a bola se muita objetividade, e com isso não criava muitos problemas para o adversário. Com o passar dos minutos, a Portuguesa foi se soltando, já que o Botafogo pouco ameaçava. Assim, a Lusa foi apostando nos contra-ataques como a forma de surpreender o Botafogo.
A equipe criou uma boa chance aos 19 minutos, quando, depois de uma jogada de lateral, Edno recebeu lançamento e ficou frente a frente com Castillo. Mas Edson fez o desarme no momento da conclusão. O Botafogo até que encontrava espaços para trabalhar, principalmente pelas laterais do campo. Mas o time pecava na hora de concluir, não conseguindo ter a organização suficiente para chegar em boas condições.
Apenas numa jogada isolada o Alvinegro criou perigo real pela primeira vez aos 29 minutos. Depois de uma cobrança de escanteio, a zaga da Portuguesa rebateu, e a bola sobrou para Carlos Alberto, que mandou a bomba de fora da área. André Luís defendeu, e Edson ficou com o rebote, mas o árbitro assinalou impedimento do zagueiro. Esse lance aconteceu poucos minutos depois de um choque entre Patrício e Jorge Henrique. O atacante levou a pior na pancada e cortou o supercílio, precisando de atendimento e voltando ao campo depois de o médico fazer um curativo no local.
A Portuguesa se animou e continuou pressionando o Botafogo, e chegou muito perto do gol aos 33 minutos. Rai arriscou de fora da área, e a bola raspou no travessão de Castillo antes de ir para fora. Nesse momento a partida estava aberta, com as duas equipes buscando o ataque, mas ao mesmo tempo pegada. Eram muitos os lances ríspidos e as reclamações de falta por parte das duas equipes. E foi o Botafogo quem abriu o placar, aos 42 minutos.
Triguinho cruzou pelo lado esquerdo e encontrou Carlos Alberto na área. Ele ajeitou conscientemente de cabeça para Wellington Paulista, que subiu e, também de cabeça, empurrou para o gol, fazendo 1 a 0. Delírio do bom número de torcedores alvinegros no Canindé, que viram de perto a comemoração curiosa do atacante, que, ao lado de Carlos Alberto e Edson, simulou estar dirigindo um carro.
O time carioca poderia ter ampliado pouco antes do intervalo, depois que Túlio arrancou e ficou frente a frente com André Luís, mas deu um toque a mais na bola se enrolou na hora de concluir.
Mudança no intervalo e brilho de Edno
O técnico Estevam Soares decidiu fazer durante o intervalo duas mudanças que deixaram a Portuguesa. Com o meia Fellype Gabriel e o atacante Vaguinho em campo, o time da casa assustou logo aos seis minutos, quando Fellype Gabriel acertou um belo chute, mas Castillo saltou no canto direito para fazer uma bela defesa. E no momento em que a torcida do Botafogo comemorava a virada do Figueirense em cima do Cruzeiro, a Portuguesa chegou ao empate, aos nove minutos. Após cruzamento, Castillo espalmou para o meio da área, e a bola sobrou limpa para Fellype Gabriel, que empurrou para o fundo da rede e fez 1 a 1. No lance, o goleiro se chocou com Edno e precisou ser substituído por Renan.
O time carioca poderia ter ampliado pouco antes do intervalo, depois que Túlio arrancou e ficou frente a frente com André Luís, mas deu um toque a mais na bola se enrolou na hora de concluir.
Mudança no intervalo e brilho de Edno
O técnico Estevam Soares decidiu fazer durante o intervalo duas mudanças que deixaram a Portuguesa. Com o meia Fellype Gabriel e o atacante Vaguinho em campo, o time da casa assustou logo aos seis minutos, quando Fellype Gabriel acertou um belo chute, mas Castillo saltou no canto direito para fazer uma bela defesa. E no momento em que a torcida do Botafogo comemorava a virada do Figueirense em cima do Cruzeiro, a Portuguesa chegou ao empate, aos nove minutos. Após cruzamento, Castillo espalmou para o meio da área, e a bola sobrou limpa para Fellype Gabriel, que empurrou para o fundo da rede e fez 1 a 1. No lance, o goleiro se chocou com Edno e precisou ser substituído por Renan.
O gol incendiou a Portuguesa, que partiu para cima do Botafogo. O time alvinegro se mostrava nervoso e desorganizado, principalmente na defesa, permitindo que a equipe da casa chegasse com facilidade e levasse perigo, principalmente nas jogadas aéreas.
A insistência da Lusa foi premiada aos 30 minutos. Apenas alguns segundos depois de o sistema de som do Canindé anunciar o placar de Cruzeiro 4 x 3 Figueirense, o Botafogo sofreu mais um golpe. Edno recebeu lançamento e chutou forte, no canto esquerdo de Renan, fazendo o segundo. O lance gerou uma discussão entre Renato Silva e Thiaguinho, e logo em seguida o técnico Ney Franco substituiu o lateral por Alessandro.
O mesmo Edno, que já havia sido o herói da vitória por 1 a 0 no Egenhão, no primeiro turno, recebeu lindo lançamento de Patrício, aos 38, avançou sem marcação, driblou Renan e decretou a vitória, que encerrou um jejum de seis partidas da Lusa e pôs fim a série de quatro vitórias consecutivas fora de casa do Glorioso.
Ficha técnica:
PORTUGUESA 3 x 1 BOTAFOGO
André Luís, Ediglê, Bruno Rodrigo e Erick (Aderaldo); Patrício, Carlos Alberto (Fellype Gabriel), Rai, Preto e Athirson; Edno e Washington (Vaguinho).
Castillo (Renan), Thiaguinho (Alessandro), Renato Silva, Edson e Triguinho; Túlio, Diguinho (Zé Carlos), Lucio Flavio e Carlos Alberto; Jorge Henrique e Wellington Paulista.
Técnico: Estevam Soares.
Técnico: Ney Franco.
Gols: Wellington Paulista, aos 42 minutos do primeiro tempo; Fellype Gabriel, aos 9, Edno, aos 30 e aos 38 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Edno, Preto, Rai e Ediglê (Portuguesa); Wellington Paulista, Triguinho, Jorge Henrique, Diguinho e Zé Carlos(Botafogo).
Público: 4.634 pagantes. Renda: R$ 50.255,00.
Estádio: Canindé, em São Paulo (SP). Data: 21/09/2008. Árbitro: Heber Roberto Lopes (Fifa/PR). Auxiliares: Gilson Bento Coutinho (PR) e Ivan Carlos Bohn (PR).