Governo não se preocupa em reaver R$ 1,2
bi gastos no Maracanã
Secretário disse que principal preocupação é dar à
população um equipamento esportivo moderno
Amélia
Sabino e Michel Castellar -
Rio de Janeiro-RJ
Desde 2007, reformas do Maraca custaram R$ 1,2 bilhão
(Foto: Divulgação/Secretaria de Obras)
(Foto: Divulgação/Secretaria de Obras)
Os R$ 1,2
bilhão investidos nas reformas do Maracanã não serão recuperados pelo governo
com a concessão do estádio à iniciativa privada e o Estado do Rio não se
importa, segundo palavras do próprio secretário da Casa Civil estadual, Régis
Fichtner.
– Não tenho presunção de recuperar o valor gasto na obra, isso é matemática. É um bom negócio. Vai agregar para nossa população, atrair mais turistas, vai passar a ser o local mais visitado no Rio, não tenho dúvida. Vai ser um grande ganho de modernidade e serviços para a população – disse o secretário, durante entrevista coletiva convocada às pressas na tarde desta quarta-feira para rebater os argumentos do Ministério Público, que pediu a suspensão da licitação do Maracanã. Na noite de quarta-feira, a Justiça acatou o pedido de liminar.
Desde 2007, quando foi usado no Pan Americano, as sucessivas reformas do Maracanã já custaram aos cofres públicos R$ 1,2 bilhão. Na concessão, é estipulado um investimento inicial de R$ 594 milhões e um valor mínimo de outorga de R$ 4,7 milhões por ano durante os 35 anos de contrato. Somados, o retorno aos cofres públicos é de R$ 758,5 milhões, menos de 65% do investimento feito com dinheiro público. Para o governo, porém, este não é o principal ponto.
– Só de televisores o Maracanã terá mais de 100, fora ar-condicionado e telões. Como o Estado vai manter isso com a lei 8666 (lei federal que rege as licitações públicas)? O Estado não tem capacidade para isso. Opção (pela concessão) não é nem de ideologia, é de eficiência, um padrão de eficiência que a modernidade requer – completou Fichtner.
O secretário da Casa Civil ainda rechaçou a possibilidade de a empresa IMX, do empresário Eike Batista estar sendo beneficiada na concorrência. Para o MP, ela não poderia participar por ter elaborado o estudo de viabilidade. Procurada, a IMX disse que sua participação tem respaldo em lei. Acrescentou que o acompanhamento da licitação pelo MP é benéfico para assegurar a lisura do processo.
Está suspenso pela Justiça até o momento a entrega dos envelopes com as propostas das interessadas, que estava marcada para esta quinta-feira, no Palácio Guanabara, sede do governo fluminense.
– Não tenho presunção de recuperar o valor gasto na obra, isso é matemática. É um bom negócio. Vai agregar para nossa população, atrair mais turistas, vai passar a ser o local mais visitado no Rio, não tenho dúvida. Vai ser um grande ganho de modernidade e serviços para a população – disse o secretário, durante entrevista coletiva convocada às pressas na tarde desta quarta-feira para rebater os argumentos do Ministério Público, que pediu a suspensão da licitação do Maracanã. Na noite de quarta-feira, a Justiça acatou o pedido de liminar.
Desde 2007, quando foi usado no Pan Americano, as sucessivas reformas do Maracanã já custaram aos cofres públicos R$ 1,2 bilhão. Na concessão, é estipulado um investimento inicial de R$ 594 milhões e um valor mínimo de outorga de R$ 4,7 milhões por ano durante os 35 anos de contrato. Somados, o retorno aos cofres públicos é de R$ 758,5 milhões, menos de 65% do investimento feito com dinheiro público. Para o governo, porém, este não é o principal ponto.
– Só de televisores o Maracanã terá mais de 100, fora ar-condicionado e telões. Como o Estado vai manter isso com a lei 8666 (lei federal que rege as licitações públicas)? O Estado não tem capacidade para isso. Opção (pela concessão) não é nem de ideologia, é de eficiência, um padrão de eficiência que a modernidade requer – completou Fichtner.
O secretário da Casa Civil ainda rechaçou a possibilidade de a empresa IMX, do empresário Eike Batista estar sendo beneficiada na concorrência. Para o MP, ela não poderia participar por ter elaborado o estudo de viabilidade. Procurada, a IMX disse que sua participação tem respaldo em lei. Acrescentou que o acompanhamento da licitação pelo MP é benéfico para assegurar a lisura do processo.
Está suspenso pela Justiça até o momento a entrega dos envelopes com as propostas das interessadas, que estava marcada para esta quinta-feira, no Palácio Guanabara, sede do governo fluminense.