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Joel Santana 'responde' a Autuori e não vê treinadores desatualizados

Técnico do Vasco disse em entrevista que os brasileiros precisam se atualizar, mas novo comandante do Bahia não concorda: 'Falta respeito'

 

Por SporTV.com Rio de Janeiro



Se o técnico do Vasco, Paulo Autuori, acredita que os treinadores brasileiros estão precisando de atualização, o veterano Joel Santana, novo comandante do Bahia, pensa exatamente o contrário. Para o experiente treinador, apesar das mudanças recentes do futebol, ainda não existe uma grande diferença entre os brasileiros e os estrangeiros.

- Eu conheço o Paulo, respeito o profissional. Nós nos damos muito bem, mas fiquei admirado com essa entrevista. Ninguém conquista o que nós conquistamos, ninguém anda pelo Brasil e pelo mundo afora como nós andamos. Dizem que os treinadores antigos estão ultrapassados, não sabem mais nada. O futebol está se modificando muito, mas não está tão diferente como os sábios estão dizendo por aí, dizendo que os treinadores brasileiros estão ultrapassados. Tem que respeitar o Felipão, o Parreira, o Zagallo. São campeões mundiais. Está faltando respeito aos teinadores - afirmou o treinador, em participação no "Redação SporTV".

Joel Santana ainda afirmou que todos os treinadores acompanham as partidas de diversos campeonatos. E citou o exemplo o empate do Queens Park Rangers com o Wigan, no Campeonato Inglês, no domingo.

- A gente vê o que todo mundo vê, sabe o que todos sabem. Eu assisto a vocês (SporTV) todos os dias, assisto a todos os jogos, todos os dias. Eu assisti, por exemplo, o time do Julio César, que vai cair para a segunda divisão da Inglaterra e empatou porque um jogador cometeu uma falta ridícula aos 45 do segundo tempo.

Joel Santana Flamengo x Cruzeiro (Foto: Paulo Fonseca / Ag. Estado) 
 
Joel Santana é o novo técnico do Bahia. O Flamengo foi seu último clube (Foto: Paulo Fonseca / Ag. Estado)
 
O técnico lembrou de sua passagem pela seleção da África do Sul e quarta posição na Copa das Confederações de 2009, quando foi derrotado pelo Brasil (campeão) nas semifinais e pela Espanha, na disputa pelo terceiro lugar.

- Eu trabalho por objetivos. Em alguns clubes fomos até o final, em outros não fomos. Eu fui para o Japão, para a África do Sul, viajei o mundo inteiro. Eu nunca bato a porta de onde eu saio. Sempre deixo amigos e um trabalho. Pior é o treinador que deixa o clube lá embaixo, na segunda divisão, perde campeonato ou coisa parecida. Manter-se no futebol brasileiro, onde você é cobrado e criticado 24 horas por dia não é fácil. Você tem que saber se manter a postura e o equilíbrio. Na minha passagem pela África do Sul, eu joguei contra o primeiro, o segundo colocado do ranking da Fifa. Perdi para o Brasil na última bola e para a toda-poderosa Espanha perdi na prorrogação, com gol de falta também.