Paes considera 'besteira' Botafogo devolver Engenhão para prefeitura
Prefeito do Rio lembra que estádio será sede dos Jogos Olímpicos de 2016, critica 'lambanças da obra' e nega utilização de verba para reformar estádio
Eduardo Paes ao lado do presidente do Botafogo
Mauricio Assumpção (Foto: Edgard Maciel de Sá)
Mauricio Assumpção (Foto: Edgard Maciel de Sá)
A ideia do conselheiro e ex-presidente do Botafogo, Carlos Augusto
Montenegro, de devolver o Engenhão à prefeitura do Rio de Janeiro não
parece ter sido bem recebida pelo representante do Palácio da Cidade. O
prefeito Eduardo Paes afirmou que não vai tomar a responsabilidade pelos
erros humanos ocorridos, como o da cobertura, que levou à interdição do
estádio na última semana. Mesmo assim, ele disse que vem prestando o
apoio necessário para que o estádio volte a ser utilizado o mais rápido
possível.
- Eu acho uma besteira devolver, não fui informado de nenhuma decisão
formal do clube. A prefeitura está trabalhando para dar uma solução com a
maior brevidade possível, e me parece que essa solução é de
responsabilidade de quem fez o estádio, não do município - respondeu
Paes, em entrevista à Rádio Band News.
Eduardo Paes ainda relembrou a gestão anterior, de Cesar Maia, responsável por contratar os encarregados da construção do Engenhão.
Eduardo Paes ainda relembrou a gestão anterior, de Cesar Maia, responsável por contratar os encarregados da construção do Engenhão.
- Parece que o problema é do modelo matemático. Não estou querendo
eximir ninguém de culpa, do passado, das responsabilidades, das
lambanças da obra. Mas parece que essa história da estrutura é coisa de
um engenheiro que fez uma conta errada - afirmou o prefeito.
Ele recomendou ao clube alvinegro que permaneça com o estádio, futura sede do atletismo nas Olimpíadas de 2016.
Ele recomendou ao clube alvinegro que permaneça com o estádio, futura sede do atletismo nas Olimpíadas de 2016.
- Sugiro que a decisão do Botafogo não seja a de devolver um estádio
das dimensões do Engenhão, que terá um papel a cumprir - disse Paes.
O prefeito do Rio afastou qualquer possibilidade de arcar com a reparação do Engenhão.
- Nem por um decreto - frisou.
A empresa Delta chegou a iniciar a construção do Engenhão, mas deu
lugar a um consórcio formado por OAS e Odebrecht, que finalizou as obras
em 2007.