Marcelo Mattos recebe homenagem e fala de sua identificação com o Bota
Volante, que completa 100 jogos pelo clube no próximo domingo, relembra momentos difíceis, explica falta de gols e evita pensar em aposentadoria
Marcelo Mattos se exercita no Bota: em 99 jogos,
ele marcou apenas um gol (Foto: Thales Soares)
ele marcou apenas um gol (Foto: Thales Soares)
Marcelo Mattos,
que irá completar 100 jogos pelo Botafogo no próximo domingo, foi
homenageado após o treino da manhã desta sexta-feira, no Engenhão. Ao
chegar à sala de coletiva, o jogador recebeu do companheiro Gabriel e do
vice de futebol, Chico Fonseca, um quadro feito pelo departamento de
marketing do clube. As palavras de carinho do jovem, de 20 anos,
retratam a importância de Mattos para o grupo.
- É uma grande honra entregar para ele nesse momento que passamos
juntos. Tem me ajudado bastante, passou pela minha fase de garoto, sabe a
importância que tem no Botafogo. É um prazer e domingo será uma data
importante tanto para ele como para todos nós no clube – declarou
Gabriel.
Emocionado, Marcelo Mattos falou do carinho e respeito que tem pelo
Glorioso, durante esses dois anos e meio em General Severiano, e elegeu
seus jogos mais marcantes pelo clube.
- Aprendi a gostar do Botafogo e, a cada dia, o respeito pelo clube
aumenta. Quanto mais partidas você joga, mais se identifica. Lembro do
jogo com o Grêmio, quando fiz meu único gol, e com o São Paulo, que foi
um jogo antes de eu ir viajar para a Grécia para tentar resolver minha
situação com o Panathinaikos (da Grécia). Ali, eu senti o carinho do
torcedor e toda a briga da diretoria para eu continuar – relembrou.
O jogador confessou que esperava ter alcançado essa marca bem antes,
mas foi impossibilitado devido a duas cirurgias no púbis que o deixou
afastado de, praticamente, todo o segundo turno do Campeonato Brasileiro
do ano passado. Recuperado, Mattos garante que se apegou no duro começo
de carreira para nunca pensar em desistir durante o momento delicado.
- A família é muito importante e é onde pude me agarrar. Saí de casa
muito cedo, aos 15 anos, larguei meu pai e minha mãe, e não seria uma
lesão de púbis que me tiraria do futebol – afirmou.
Aos 29 anos, a palavra aposentadoria nem passa na cabeça do atleta que
ainda quer fixar seu nome na história do clube com muitos títulos.
Volante alcançará marca histórica pelo Glorioso, diante do Olaria, no domingo (Foto: Fábio Castro / Agif)
- Tenho muita lenha para queimar. Quero continuar, buscar conquistas e
fazer de tudo para que isso aconteça – contou o jogador, que conquistou
com o Botafogo uma Taça Rio em 2012 e uma Taça Guanabara neste ano.
Em 99 partidas, o paulista de Indiaporã só marcou um gol com a camisa
alvinegra, fato bem diferente da sua passagem pelo Corinthians, onde em
159 jogos marcou 20 vezes.
- No Corinthians, eu batia pênalti, fazia gol de cabeça, ficava no
rebote. Aqui arrisco menos. Não vou abrir mão da defesa para fazer o gol
- explicou.
Sonhador, Marcelo Mattos confessa o que espera que aconteça no embate de domingo diante do Olaria, em Moça Bonita.
- Sonho para caramba, volante sonha em fazer gols. Poderia sobrar uma bolinha lá na frente para fazer um – brincou o jogador.