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Botafogo contrata estudo para avaliar as condições do estádio Caio Martins

Alvinegro pode colocar novamente arquibancadas tubulares atrás de cada gol, a exemplo do que foi feito nas temporadas 2003 e 2004


Tiago Pereira, Vinícius Perazzini e Walace Borges - Rio de Janeiro (RJ)
 
Caio Martins (Foto: Álvaro Rosa/LANCE!Press)


Nos corredores de General Severiano, amadurece cada vez mais a ideia de revitalizar o Estádio Caio Martins para ser novamente a casa do Botafogo. O LANCE!Net apurou que o clube já encomendou um estudo para avaliar as condições do local com o objetivo de preparar a casa para os jogos do Campeonato Brasileiro deste ano.

Se o Engenhão ficar fechado de seis meses a um ano, o Botafogo deverá retornar para o estádio em Niterói, que pertence ao governo do estado do Rio de Janeiro e está cedido ao Glorioso até 2027. A última partida do clube no local foi em 12 de dezembro de 2004, em derrota para o Corinthians por 2 a 1, pelo Brasileirão.

Uma fórmula para o possível futuro estádio a ser montado já é bem conhecida pelo Botafogo. Em 2003, o estádio foi reformado e a capacidade foi aumentada para 15 mil pessoas, com a instalação de arquibancadas tubulares. Com o adeus após 2004, a estrutura foi retirada, mas poderá voltar para 2013. O regulamento do Brasileirão permite o uso de tubulares e apenas exige que todo estádio tenha, no mínimo, a capacidade de público com 15 mil pessoas sentadas, além das garantias de segurança necessárias dadas pelos órgãos competentes.

Com arquibancadas tubulares atrás de cada gol, o Caio Martins ganhou o apelido de Caldeirão e caiu nas graças da torcida quando o Botafogo voltou à Série A do Campeonato Brasileiro no próprio ano de 2003.

Ontem, a reportagem do L!Net foi ao Caio Martins para ver as condições do estádio e constatou uma série de problemas no entorno. As bilheterias estão em estado de abandono, as entradas de acesso para as arquibancadas são muito estreitas e os muros estão descascados em boa parte. Porém, obras nestas áreas não seriam difíceis.

O L!Net não teve permissão para entrar no estádio, mas, por brechas no portão, viu que as arquibancadas de concreto estão bem cuidadas e o gramado se encontra pelo menos razoável. Hoje, o campo é usado para treinos da base.

Estádio tem a cara do Botafogo
Em tempos em que o Botafogo prega uma união com a torcida, um retorno ao Caio Martins pode ser um fator importante. A possibilidade de fazer um caldeirão no estádio anima correntes no clube.
De acordo com o conselheiro e ex-presidente do Alvinegro, Carlos Augusto Montenegro, o Caio Martins é, e sempre foi, a verdadeira casa do Glorioso.

– O Botafogo tem a cara do Caio Martins. Seria ótimo voltar a mandar os jogos lá em Niterói. É claro que está todo mundo atordoado ainda e não há nada de concreto para a volta – garantiu Montenegro, que espera ajuda do vice-governador do Rio de Janeiro, Pezão, para resolver o problema:
– Para que o Botafogo volte a jogar no Caio Martins, eu realmente conto com a ajuda do Pezão. Ele vai poder nos ajudar com esse problema.

CBF entende polêmica
O regulamento da CBF afirma que o Botafogo tem de informar com 45 dias de antecedência o estádio que irá atuar no Brasileirão. Porém, com a polêmica do Engenhão, o Glorioso não terá de cumprir este pré-requisito:

O diretor de competições da confederação, Virgílio Elísio, explicou a situação ao LANCE!Net:

– O Botafogo está sendo prejudicado por não jogar em casa. E não é culpa do clube. Existe uma lei para as situações normais. Porém, este é um problema diferente. Nada será feito a ferro e fogo. Vamos olhar os jogos do Botafogo rodada após rodada, com calma.

Com a palavra, Walace Borges, setorista do Botafogo no LANCE!

"O maior problema é na infraestrutura"
"No ano passado, quando Túlio Maravilha fez o primeiro treino dele em Caio Martins, deu para perceber que o local precisa de melhorias significativas na infraestrutura.
Verdade seja dita, o gramado não está dos piores, até porque o time de juniores manda os jogos lá. Porém, para ser palco dos grandes times do Brasil até o fim do ano, precisa passar por uma boa reforma, desde os vestiários à arquibancada. E que isso seja feito rapidamente"