Ameaça de devolução do Engenhão divide opiniões no Botafogo
- Presidente Maurício Assumpção trata assunto com cautela
- Mas seu antecessor, Montenegro, influente no clube, diz que estádio será devolvido
- Nesta quarta, prefeito Eduardo Paes vai se reunir com dirigentes alvinegros
O Globo
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RIO - A ameaça de devolução do Engenhão à prefeitura, que será
definida em reunião dos poderes do Botafogo amanhã, divide ao menos os
discursos no alto escalão do clube. O grupo político de forte influência
representado pelo ex-presidente Carlos Augusto Montenegro defende a
entrega do estádio já. Mas o atual presidente, Maurício Assumpção, é
cauteloso e prefere “esperar mais respostas” para decidir.
Assumpção terá hoje novo encontro com o prefeito Eduardo Paes. Na conversa, mais uma vez, tentará obter a garantia de um prazo para a interdição, causada por problemas na estrutura da cobertura. O prejuízo alvinegro é incalculável. Os valores ainda não foram contabilizados, mas podem chegar, segundo o clube, a R$ 30 milhões. Em 2012, o Engenhão gerou cerca de R$ 15 milhões ao Botafogo. O clube gasta quase R$ 400 mil mensais com a manutenção do estádio.
Caso Paes admita o risco de a interdição durar um ano, o Botafogo deve mesmo rescindir o contrato, segundo Assumpção. Mas, se depender de Montenegro, nem será preciso tanto tempo. O ex-presidente acredita que a reunião de quinta-feira, entre os poderes do clube, às 18h, na sede de General Severiano, “servirá apenas para ratificar a decisão”:
— É só para referendar. Isso virou um mico. Não sabemos se a interdição vai durar cinco, oito meses ou dois anos. O Botafogo vai devolver para a prefeitura, e ela que trate de fazer tudo que é preciso. — disse.
Sobre o risco de a cobertura ruir com ventos acima de 63km/h, Montenegro disse:
— É um castelo de areia. O Botafogo correu um risco muito grande. A gente fica ouvindo Delta, Odebrecht, e ninguém tem culpa... Mas, na hora de receber, elas souberam. O prefeito tem sido grande parceiro. Não teve nada com isso. Vai administrar outro pepino, como aconteceu com a Cidade da Música. Ele mesmo sabe que não há condição de o Botafogo continuar com o Engenhão. Como vai ser, não sei. Se vai ser sexta, sábado, quinta à noite... O que não há é a possibilidade de continuarmos com o estádio. O Engenhão não é nosso. Se precisar, entregamos a chave em juízo, mas queremos fazer isso em paz.
A assessoria de Eduardo Paes negou que o Botafogo tenha falado oficialmente em devolução do estádio. Mas se quiser mesmo devolver, segundo a prefeitura, a alternativa será receber o Engenhão de volta , consertá-lo e fazer nova licitação de concessão.
Assumpção terá hoje novo encontro com o prefeito Eduardo Paes. Na conversa, mais uma vez, tentará obter a garantia de um prazo para a interdição, causada por problemas na estrutura da cobertura. O prejuízo alvinegro é incalculável. Os valores ainda não foram contabilizados, mas podem chegar, segundo o clube, a R$ 30 milhões. Em 2012, o Engenhão gerou cerca de R$ 15 milhões ao Botafogo. O clube gasta quase R$ 400 mil mensais com a manutenção do estádio.
Caso Paes admita o risco de a interdição durar um ano, o Botafogo deve mesmo rescindir o contrato, segundo Assumpção. Mas, se depender de Montenegro, nem será preciso tanto tempo. O ex-presidente acredita que a reunião de quinta-feira, entre os poderes do clube, às 18h, na sede de General Severiano, “servirá apenas para ratificar a decisão”:
— É só para referendar. Isso virou um mico. Não sabemos se a interdição vai durar cinco, oito meses ou dois anos. O Botafogo vai devolver para a prefeitura, e ela que trate de fazer tudo que é preciso. — disse.
Sobre o risco de a cobertura ruir com ventos acima de 63km/h, Montenegro disse:
— É um castelo de areia. O Botafogo correu um risco muito grande. A gente fica ouvindo Delta, Odebrecht, e ninguém tem culpa... Mas, na hora de receber, elas souberam. O prefeito tem sido grande parceiro. Não teve nada com isso. Vai administrar outro pepino, como aconteceu com a Cidade da Música. Ele mesmo sabe que não há condição de o Botafogo continuar com o Engenhão. Como vai ser, não sei. Se vai ser sexta, sábado, quinta à noite... O que não há é a possibilidade de continuarmos com o estádio. O Engenhão não é nosso. Se precisar, entregamos a chave em juízo, mas queremos fazer isso em paz.
A assessoria de Eduardo Paes negou que o Botafogo tenha falado oficialmente em devolução do estádio. Mas se quiser mesmo devolver, segundo a prefeitura, a alternativa será receber o Engenhão de volta , consertá-lo e fazer nova licitação de concessão.