Presidente do Botafogo perdeu um irmão, com a mesma idade do atacante, devido às drogas
Por Thiago Fernandes
Rio de Janeiro
Em vários momentos durante a entrevista coletiva de apresentação de Jobson, nesta quarta-feira, no Botafogo, o presidente Maurício Assumpção dizia o quanto precisava ter contratado o atacante. A insistência nesse tópico gerou curiosidade. Após as formalidades, o dirigente revelou os motivos pessoais que o levaram a se esforçar tanto na volta do atleta.
- Eu perdi um irmão por causa das drogas. Com só 21 anos (mesma idade de Jobson). Foi muito pesado lá em casa. A gente tinha noção do que estava acontecendo e tentou ajudar. Mas quando você perde alguém assim, sempre acha que não tentou o suficiente, que não passou dos seus limites. Tinha essa dívida comigo – contou, visivelmente emocionado.
Apesar da vontade de contar com Jobson, Maurício não acredita que seja ele quem está dando uma nova chance ao jogador, flagrado em exame antidoping no ano passado com o uso de cocaína.
- Ele sentiu o quanto é doído ser celebridade em um dia e estar lá em baixo no outro. Ele merece está chance, que ele mesmo está buscando e se esforçando.
A apresentação de Jobson foi marcada por uma grande festa, com direto a balões, distribuição de brindes e cerca de 200 pessoas nas arquibancadas. Uma recepção para mostrar ao atacante o quanto ele é querido.
- Quisemos mostrar como ele é importante para o clube pelo que fez no ano passado. Ele precisa fazer essa retomada, então que faça aqui, onde se sente em casa e onde é muito querido.
