Do Sul, Botafogo observa turbulência dos rivais cariocas e preza bom ambiente
Técnico Ney Franco sonha voar em céu de brigadeiro por um bom tempo, e Diguinho destaca importância do bom clima no desempenho do time
Gustavo Rotstein Florianópolis
O técnico Ney franco acompanha a crise dos rivais cariocas com tranqüilidade
Enquanto no Rio de Janeiro um furacão devastou Flamengo, Fluminense e Vasco, o Botafogo, isolado no Sul do país, vive dias de tempo limpo. De longe, o Alvinegro observa a crise dos rivais e voa tranqüilamente rumo às primeiras posições do Campeonato Brasileiro. O grupo ressalta que o bom ambiente é fator fundamental para que tudo corra bem dentro de campo.
- O ambiente de trabalho é tudo. Quando o clima está favorável é possível trabalhar com mais qualidade. Não dá para comparar nossa situação com a dos outros clubes do Rio, pois o campeonato é longo e acabam acontecendo momentos de turbulência. Cabe ao Botafogo tentar ficar o maior tempo possível voando em céu de brigadeiro - avalia o técnico Ney Franco.
Diguinho lamenta o momento conturbado dos outros grandes clubes do Rio. O volante prefere, por exemplo, não comentar a situação do Flamengo, que viveu uma confusão entre jogadores e torcedores. No entanto, frisa que, no caso do Botafogo, a tranqüilidade e o bom ambiente do clube são refletidos no desempenho da equipe em campo. - Tudo começa com respeito. Quando isso acontece, o ambiente fica favorável e as coisas andam. Aqui no Botafogo felizmente há camaradagem entre todos.
Brincamos muito, mas trabalhamos sério quando preciso - explica. Sempre atento, Ney Franco lembra que é importante que o Botafogo não confunda tranqüilidade com acomodação. O treinador diz que é preciso atenção para que a união desses dois fatores não resulte na queda de produção da equipe. - É importante que haja dedicação total nos treinamentos, mesmo quando os resultados vêm sendo favoráveis.
Os jogadores também são sempre cobrados pela postura fora dos treinos. O grupo precisa ser comedido e ter uma alimentação regrada, por exemplo. Por isso também decidimos passar esse período aqui no Sul - explica Ney Franco.
