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Justiça determina que CBF aumente intervalo entre partidas para 72 horas

Entidade diminuiu espaço entre partidas para 2015, mas sentença diz o contrário



Igor Siqueira - Rio de Janeiro (RJ)


Jose Maria Marin e Marco Polo Del Nero (Foto: Bruno de Lima/ LANCE!Press)

Jose Maria Marin e Marco Polo Del Nero decidiram mexer no intervalo entre partidas para 2015(Foto: Bruno de Lima/ LANCE!Press)


Poucos dias depois de diminuir o intervalo mínimo entre os jogos de um mesmo clube no futebol nacional de 66 horas para 60 horas, a CBF se deu mal na Justiça e, segundo uma decisão proferida pela 8ª Vara do Trabalho de Campinas, São Paulo, vai ter que aumentar o espaçamento entre partidas para 72 horas no calendário de 2015.

A sentença é fruto de uma ação aberta pela Federação Nacional dos Atletas de Futebol (Fenapaf). A CBF, caso não consiga derrubar a decisão no recurso ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas, estará sujeita ao pagamento de multa de R$ 25 mil/dia, que será revertida ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

O embasamento da juíza Milena Casacio Ferreira Beraldo, que proferiu a sentença, foi feito com um parecer do Ministério Público do Trabalho (MPT) de Campinas, assinado pelo promotor Eduardo Luís Amgarten.

- Estudos e pesquisas recentes da lavra de especialistas renomados da área da fisiologia do esporte juntados com a exordial (ação) – não infirmados por outras provas - revelam a crucial importância do descanso muscular entre partidas por no mínimo 72 horas cuja violação acarreta evidente prejuízo ao restabelecimento fisiológicomuscular do jogador - escreveu a magistrada.

A redução do intervalo mínimo entre jogos foi feito pela CBF no regulamento geral de competições. A entidade vai divulgar a versão final do documento na sexta-feira. Segundo o L!Net apurou, a entidade viu que nem ela mesma estava respeitando as 66 horas e, para evitar que continuasse a descumprir o próprio regulamento, reduziu para 60 horas.

A CBF foi procurada para comentar a decisão judicial em Campinas, mas o departamento jurídico da entidade ainda não se pronunciou.