Após muitas negociações, Botafogo retorna ao Ato Trabalhista
Boa notícia foi dada pelo presidente Carlos Eduardo Pereira em reunião do Conselho Deliberativo, na noite desta quarta-feira, em General Severiano
Luiz Gustavo Moreira e Roberto Veloso -
Rio de Janeiro (RJ)
Depois de um longo período de ausência, o Botafogo, enfim, voltou ao Ato Trabalhista e terá suas receitas desbloqueadas. A boa nova foi noticiada pelo próprio presidente Carlos Eduardo Pereira, na reunião de posse do novo Conselho Deliberativo, na noite desta quarta-feira, em General Severiano. A saída do acordo foi tida por muitos como o principal motivo para a crise instaurada no clube.
A juíza centralizadora do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) aprovou, por e-mail, a proposta apresentada pelo Botafogo e encaminhou ao presidente do Tribunal, que deverá assinar o pedido na quinta. Assim que o Ministério Público anunciar o retorno, o Alvinegro terá as contas desbloqueadas em até 48 horas.
Na terça-feira, a diretoria do Glorioso se reuniu com a Contadoria do TRT e apresentou a proposta. Atualmente, o clube possui uma conta que tem aproximadamente R$ 15 milhões, mas está bloqueada. O desbloqueio deste dinheiro será fundamental para quitar uma dívida no valor de R$ 4 milhões com o Refis (Programa de Recuperação Fiscal) e deixar o dinheiro restante separado para futuros pagamentos.
Desde o início do mandato, essa era a prioridade de Carlos Eduardo. Agora, a diretoria terá condições de assinar cheques e contratar reforços para 2015, algo que não podia ser feito com 100% das receitas bloqueadas.
O Ato Trabalhista é um acordo com o TRT para destinar, mensalmente, uma parte da verba arrecadada pelo clube para pagar dívidas trabalhistas. Neste ano, o tribunal tirou o benefício do Botafogo após acusar o ex-presidente Mauricio Assumpção de sonegação e ocultação de receitas, algo admitido pelo próprio em entrevistas. Por isso, o TRT negou todos os pedidos da antiga diretoria de retorno.
TIMEMANIA FOI PRIMEIRO PASSO
Na semana passada, o Alvinegro quitou uma dívida de R$ 1,350 milhão com a Timemania, referente a oito parcelas que estavam em atraso com o programa. Era o último dia para realizar o pagamento.
A quitação era fundamental para que o clube fosse mantido no Refis, um programa de financiamento de dívidas.