Mancini diz que Emerson "socorre alguns jogadores financeiramente"
Técnico fala do atraso de salários no Botafogo e acredita que problema influencie na concentração dos atletas em campo. No domingo, time levou faixa para o estádio
Mancini crê que problema financeiro influencie em campo (Foto: Alexandre Loureiro / Getty Images)
O
problema financeiro do Botafogo ficou bem exposto para os torcedores
que foram ao Maracanã acompanhar o clássico contra o Flamengo neste
domingo (derrota por 1 a 0). São cinco meses de atraso no direito de
imagem, três de carteira e o FGTS, tudo exibido em uma faixa levada
pelos jogadores. O atraso fez com que um dos jogadores do elenco
ajudasse financeiramente os companheiros. Segundo o técnico Vagner
Mancini, essa foi a atitude de Emerson Sheik diante da situação atual. Emprestado pelo Corinthians, o Sheik recebe todo seu salário pelo clube paulista.
- O Emerson socorre alguns jogadores financeiramente, e é bom que todos saibam disso. O que ele tem hoje é fruto de anos e anos de batalha para chegar nessa situação. Se ele recebe de forma diferente dos outros não é um problema, pois só dessa forma ele poderia estar com a gente - contou Mancini à Rádio Globo.
A manifestação, que havia sido comunicada aos dirigentes, causou um descontentamento entre os cartolas em suas linhas finais, onde detalhavam os pagamentos em atraso. O diretor técnico Wilson Gottardo acredita que não havia necessidade de especificar cada dívida do clube com os jogadores. E todo esse clima criado acaba influenciando também em campo.
- Vivemos uma situação atípica, há muito tempo que eu não vivia uma situação de atraso tão grande. Isso tem causado um desgaste muito grande em todos os setores do Botafogo. Qualquer ser humano com cinco meses de salários atrasados tem dificuldade de se concentrar no jogo. Eu sabia da faixa e não dei opinião porque era uma decisão deles - disse Vagner Mancini.
- O Emerson socorre alguns jogadores financeiramente, e é bom que todos saibam disso. O que ele tem hoje é fruto de anos e anos de batalha para chegar nessa situação. Se ele recebe de forma diferente dos outros não é um problema, pois só dessa forma ele poderia estar com a gente - contou Mancini à Rádio Globo.
A manifestação, que havia sido comunicada aos dirigentes, causou um descontentamento entre os cartolas em suas linhas finais, onde detalhavam os pagamentos em atraso. O diretor técnico Wilson Gottardo acredita que não havia necessidade de especificar cada dívida do clube com os jogadores. E todo esse clima criado acaba influenciando também em campo.
- Vivemos uma situação atípica, há muito tempo que eu não vivia uma situação de atraso tão grande. Isso tem causado um desgaste muito grande em todos os setores do Botafogo. Qualquer ser humano com cinco meses de salários atrasados tem dificuldade de se concentrar no jogo. Eu sabia da faixa e não dei opinião porque era uma decisão deles - disse Vagner Mancini.
O
cartaz foi a segunda manifestação pública feita pelos jogadores do
Botafogo em 2014 contra os atrasos. A primeira ocorreu na semana daquele
que até então era o jogo mais importante do ano. Numa quarta-feira, dia
2 de abril, o Alvinegro enfrentaria o Unión Española, no Maracanã, pela
fase de grupos da Libertadores. Uma vitória garantiria a classificação
para as oitavas de final com uma rodada de antecedência e confirmaria o
primeiro lugar no grupo. No sábado anterior iniciaram-se protestos
antes dos treinos, com os atletas sentando no gramado antes da
atividade. O treinamento de domingo foi cancelado, e os protestos
ocorreram novamente segunda e terça. Na quarta o Botafogo perdeu por 1 a
0 e posteriormente foi eliminado ao ser atropelado pelo San Lorenzo na
Argentina, perdendo por 3 a 0. A sensação foi de que as manifestações do
elenco ao longo daquela semana desviou o foco do jogo.
Então, os líderes decidiram adotar uma estratégia diferente para protestar, na qual a rotina do dia a dia não fosse modificada. O grupo entendeu que o cartaz seria uma maneira mais “pacífica” de cobrar soluções da diretoria, que convive com 100% de suas receitas bloqueadas por conta de dívidas fiscais e tributárias.
O Botafogo volta a campo no próximo sábado, às 18h30, no Maracanã, pela 13 rodada do Campeonato Brasileiro. O time está em 13º, com 12 pontos.
Então, os líderes decidiram adotar uma estratégia diferente para protestar, na qual a rotina do dia a dia não fosse modificada. O grupo entendeu que o cartaz seria uma maneira mais “pacífica” de cobrar soluções da diretoria, que convive com 100% de suas receitas bloqueadas por conta de dívidas fiscais e tributárias.
O Botafogo volta a campo no próximo sábado, às 18h30, no Maracanã, pela 13 rodada do Campeonato Brasileiro. O time está em 13º, com 12 pontos.